quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Há Amores que, mesmo tendo sido breves, ficam gravados na Alma.

Há Amores que, mesmo tendo sido breves, ficam gravados na Alma.



Muitas vezes idealizamos os amores breves porque se encontram nessa etapa do amor em que tudo é perfeito, já que não dá tempo de descobrir a parte negativa da convivência.
Há amores breves, fugazes como a brisa de verão, como esses abraços que nos envolvem alguns instantes para, em seguida, nos deixar sozinhos, mas repletos de emoções, conforto e bem-estar que vale a pena experimentar.
Algo que dizemos com frequência é que os amores breves serão sempre feridas abertas em nosso coração.
Mas, longe de nos apegarmos apenas “ao que poderia ter sido e não foi”, é melhor aceitar a vivência, ainda que tenha sido muito curta, como algo enriquecedor, que faz parte do que somos agora e que, sem dúvida, valeu a pena.
Será sempre melhor voltar a esse recanto de nossa alma que esses amores breves nos deixaram, do que lamentar não haver vivido nada disso. Convidamos você a refletir sobre isso.
Amores que ficaram gravados em nossa alma
O poeta uruguaio Mario Benedetti dizia que os amores eternos são os mais breves.
É curioso como nossa memória emocional recorre muito frequentemente a essas áreas do hipotálamo ou outras regiões cerebrais, onde armazenamos esses “retalhos” ou fragmentos de nossa vida afetiva, para recordar a felicidade de então.
Às vezes, a recordação dura mais que o tempo em que amamos
O autêntico segredo dos amores breves é que os vivemos nessa primeira fase da paixão em que tudo é muito intenso e perfeito, onde o caos químico nos deleita com essa etapa maravilhosa.
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O término, seja acordado entre ambos ou imposto por alguma das partes, eleva ainda mais a carga emocional.
Os amores breves não nos permitem consolidar completamente o relacionamento, nem sequer amadurecê-lo, ficamos nessa fase prévia em que ao “perfeito” se junta, além disso, o componente trágico da ruptura, pela brevidade da própria relação.
À medida que o tempo passa,a memória tende a idealizar, muitas vezes, a própria relação. Pensamos no que podia ter sido, no que nos faltou viver, em quão felizes teríamos sido.
A lembrança e o modo como integramos o que foi experimentado nesse relacionamento fará com que avancemos com mais ou menos maturidade. Se nos centramos “na perda”, será muito complicado iniciar novos compromissos.
Idealizar nem sempre é bom
Existem amores maravilhosos, amores que nos decepcionam e amores que se esfriam com o tempo. Seja como for, algo em que nunca deveríamos cair é na armadilha de idealizar as pessoas ou essas relações “efêmeras” de nosso passado.
É muito comum “idealizar amores fugazes”, relações que apenas durarão alguns dias ou meses.
Criamos uma série de pensamentos e argumentos que terminam colocando algumas pessoas num pedestal. Mais tarde, toda vez que iniciamos um novo relacionamento,acabamos fazendo comparações. Isso não é bom.
Há quem chegue a pensar que “aquela pessoa” era muito mais do que merecíamos, que não era para nós e que, por isso, a relação foi tão breve. Também não é aconselhável ter este pensamento.
Os relacionamentos devem ser recíprocos, e nunca são bons aqueles em que pensamos que a outra pessoanos supera ou que está longe de nosso alcance.
Os amores breves, na realidade, nunca foram perfeitos. Porque, se tivessem sido, ainda estariam ao nosso lado.
Os amores que duraram pouco, se foram sinceros, valerão a pena
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Nunca se arrependa da vida experimentada com autenticidade e intensidade, ainda que mais tarde lhe traga lágrimas e certa tristeza.
Se os amores breves, muitas vezes, deixam vazios em nosso coração, temos que ser capazes de colocar na balança tudo o que nos proporcionaram:
Emoções intensas carregadas de autenticidade.
Boas lembranças.
Palavras sinceras que elevarão nossa autoestima.
Aprendemos a amar e ser amados.
Vivemos um período breve que nos permitiu ver a vida com positividade e emoções nobres. Tudo isso são pilares para nosso crescimento pessoal, reserva cognitiva que pode nos acompanhar para sempre.
Como sempre se diz nesses casos, será sempre melhor lamentar haver perdido algo bom do que não tê-lo conhecido.
Viver é experimentar e também deixar ir, os amores breves são experiências que nos põem à prova para demonstrar se somos corajosos para seguir avançando, ou, pelo contrário, ficaremos presos no passado para nos alimentarmos apenas de nostalgia.
Será sempre melhor preparar um recanto muito especial em nossa alma e em nosso cérebro como parte desse passado vivido e de um legado pessoal e emocional que também nos define como pessoas.
Cada um nós somos “tudo o que nos aconteceu”, mas também somos as “avaliações” que fazemos dessas vivências.
Se percebemos os amores breves como coisas dolorosas, viveremos sofrendo. Se os integramos como algo positivo e enriquecedor, estaremos nos abrindo para mais possibilidades, porque teremos entendido que nosso propósito neste mundo é sermos felizes.
Nunca se esqueça disso.

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