quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

PRIMEIRA DE UMA SERIE ESPECIAL: A CULINÁRIA DE ALGUNS PAÍSES MAIS COMENTADAS...CULINÁRIA LIBANESA, RIQUÍSSIMA!: UM CAPÍTULO A PARTE .


A culinária é parte da herança fundamental de um povo. A do Líbano é uma arte refinada, e o preparo de seus pratos, um ato de amor e reverência.

A culinária libanesa reúne tradições mediterrâneas, européias e orientais, e está fortemente ligada à culinária síria. Além das carnes, frutas, verduras e legumes, a cozinha libanesa tradicional utiliza muitas especiarias como: açafrão, canela, gergelim, pimenta, cravo, noz moscada, cominho, páprica, coentro, cebolinha, salsa e hortelã, muitas das quais antigamente valiam quase que seu peso em ouro e deram origem às grandes navegações nos séculos XV e XVI.



Alguns produtos da culinária libanesa, não são muito comuns em nossas mesas, mas são extremamente apreciados no Oriente. Entre eles destacam-se:

• Água de rosas e água de flor de laranjeira (ma'ward e ma'zahr) - líquidos perfumados, extraídos das flores e utilizados em doces e caldas.
• Cardamomo (hâl) - Sementes utilizadas secas no café.
• Essência de romã (dibs rumman) - Xarope de suco de romã, utilizado em substituição ao limão ou vinagre.
• Pimenta síria (bhar) - Mistura de especiarias moídas, tais como: pimenta da Jamaica, pimenta do Reino preta e branca, canela, noz moscada e cravo.
• Pinholes (snoubar) - Pinhões característicos do Mediterrâneo, cuja árvore precisa de cem anos para começar sua produção. Usado em ocasiões festivas nos recheios e decorações de pratos.
• Sumagre (summac) - O sumagre é arbusto com grandes folhas vermelhas. O tempero é gerado através da moagem de suas bagas secas e o pó que se obtém é de gosto bastante ácido, usado em geral para se temperar carnes.
• Zahtar ou zattar - especiaria composta por summac e sementes de gergelim e tomilho.
• Tomilho seco - usado como tempero em saladas, na coalhada seca ou acrescido de azeite de oliva e sal e comido com pão Árabe.

• Miski - resina vegetal utilizada para aromatizar doces.
Uma curiosidade sobre o miski: é uma resina vegetal, obtido pela perfuração da casca da aroeira (árvore da mesma família do pistache); a colheita é feita entre os meses de junho a outubro e a produção é bastante limitada, o que encarece o produto e o eleva ao patamar de “iguaria”. Cada árvore recebe de 5 a 10 incisões durante 4 dias seguidos. A resina então escorre pelos furos como uma lágrima e cai no chão ao redor da árvore (que foi previamente coberto com carbonato de cálcio. Após 2 dias, as gotas de resina secam e se tornam sólidas, e nesse momento são cuidadosamente recolhidas e higienizadas.
Embora a aroeira seja uma planta nativa de todo o Mediterrâneo, apenas as árvores nascidas na ilha grega de Chios produzem o miski, o que faz com que sua produção receba a Denominação de Origem Controlada. Em Chios existe uma cooperativa de apenas seis vilarejos medievais produtora de miski chamada ‘Mastichochoria’ (Μαστιχοχώρια) que abastece os mercados de todo o mundo.
Além do uso culinário, o miski tem sido usado como goma de mascar por mais de 2.400 anos; também foi muito empregado como remédio, atuando no sistema digestivo; bem como em cosmético pelos povos egípcios.
O miski pode ser encontrado em envelopes de aproximadamente 3 gr, ou como óleo (como o usado no Restaurante Arábia e que custa a “bagatela” de U$ 650 a garrafa de 200 ml!!!). Seu aroma é único, ficando bastante difícil descrevê-lo. Numa interpretação livre, diria que se parece com o aroma delicado de figo verde.

“A nobreza do árabe se detecta pela mesa que oferece ao hospede”
(Provérbio árabe)



No mundo Árabe servir comida com abundância significa traços de generosidade por parte de quem recebe, caso contrário seria tachado de avarento e miserável. Assim a fartura e a variedade de comida em uma mesa libanesa, além de fazer parte de seu cotidiano, servem também para homenagear e mostrar o afeto do anfitrião ao seu convidado. Geralmente nestas ocasiões o anfitrião prepara um banquete que espera ser inesquecível e faz de conta que nada preparou de especial. Por sua vez, os convidados devem comer além do seu habitual para demonstrar sua satisfação com a generosidade e hospitalidade do anfitrião.

E foi exatamente essa experiência que vivenciamos quando fomos jantar na casa da Sheila, uma brasileira descendente de libaneses que mora em Beirute há alguns anos. A delicada atenção e a fartura da mesa com que nos receberam foi impressionante.







Uma mesa preparada com carinho pela própria anfitriã que nos presenteou com deliciosos pratos típicos como: salada mista e fattouche (salada típica); homus (pasta de grão de bico); labneh(coalhada seca); frango com especiarias e frutas secas; charutinho de folha de uva; peixe ao molho taratour; macarrão cozido na coalhada. E ainda no final uma mesa de doces caprichada.



Experimentei de tudo um pouco, mas a anfitriã não se sentiu satisfeita porque achou que comemos pouco. Como satisfazer a generosidade dela? O jeito foi repetir alguns pratos e ganhar muitos quilos num só jantar! Mas valeu a pena, a comida estava divina!

Esse hábito libanês ao receber visitas, é o pretexto ideal para o tradicional mezze, que vem da expressão árabe alloumaza, e que significa "aquilo que é degustado, saboreado delicadamente com a ponta dos lábios". O mezze é uma instituição nacional. Nasceu no Líbano, na cidade de Zahle, no início do século: lá se instalaram bares e restaurantes, onde fregueses se reuniam com amigos para beber e degustar pequenas e variadas porções de “tira-gosto”. Logo, o mezzese espalhou pelo Mediterrâneo. Para acompanhá-lo, arak (bebida alcoólica tradicional com sabor de anis) misturado à água gelada.



Mezze

O mezze é composto de várias porções de conservas e iguarias, servidas em pratinhos pequenos, muitas vezes sem talheres já que o pão árabe tradicional, achatado e redondo, sempre presente nas refeições, faz as funções de garfo e colher. Uma refeição no Líbano em geral inclui alguns mezzes e saladas seguidos por pratos quentes acompanhados por arroz e frutos secos, e termina com frutas frescas e doces generosos em caldas perfumadas. Um deleite ao paladar!


Quibe (cru/assado ou frito), Esfiha (com diferentes recheios) e Fatayer (espécie de pastel triangular recheado com carne ou espinafre)


Quibe crú


Homus (pasta de grão-de-bico com tahini), do restaurante Al Baladem Beirute.


Babaghanoush (pasta de berinjela)


Falafel (bolinhos degão-de-bico fritos, consumidos em pão sírio com homus ou coalhada e salada) do Barbar em Beirute


Chancliche (espécie de queijo em bolas pequenas normalmente envolvidas em zattar)


Pepino com coalhada (Laban maa Khiar)


Charutinho de folha de uva (recheados com arroz e carne)


Tabule 


Fatouche
Saladas como tabule e fattouch (saladas de tomate, pepino, hortelã e salsinha, sendo a primeira com trigo fino cru e a segunda com quadradinhos de pão sírio torrado) são muito servidas.
Essas saladas são deliciosas, mas, sinceramente, o tabule feito no Líbano não é tão gostoso como o que encontramos no Brasil. Lá esta salada é feita com muita salsinha e hortelã, e quase nada de trigo, ao contrário daqui, o que não agrada o nosso paladar. Como podem ver na foto abaixo, a diferença entre os dois tipos de tabule é grande.

A coalhada (labneh) presente na maioria das refeições ou no preparo de muitos pratos, é muito consumida das mais variadas maneiras. Seu preparo é um dos processos culinários mais antigos do mundo, e a coalhada seca que se come no Líbano é extremamente cremosa, com uma consistência sem igual, deliciosa! É saboreada no café da manhã, nas mezzes, doce ou salgada, líqüida ou pastosa, fresca, seca ou cozida. Serve como acompanhamento, tempero, base para outros pratos e como refresco, diluída em água e batida.


Labneh (coalhada seca) do restaurante do Ministério do Turismo em Sidon
Como pratos quentes destaco os que eu mais aprecio, muitos dos quais tive o prazer de experimentar pela primeira vez no Líbano.



Arroz mixiri (arroz com macarrãozinho)


Mjadra (arroz com lentilhas)


Kafta (espeto de carne moída). Adoro!


Abobrinhas recheadas



Shawarma 


Shawarma sanduíche composto de fatias finas de frango ou carne, assados em um espeto vertical e servidas no pão sírio com legumes e outros acompanhamentos como coalhada seca e cebola. Esse é doBarbar em Beirute. Nunca tinha comido e é muito bom!



Quibe saynieh: quibe na bandeja com coalhada, pepino e hortelã seca



Henbe: chicória temperada com cebola frita crocante. Uma delícia!


Koussa be laban: abobrinha recheada cozida na coalhada. Os 3 pratos são do excelente restaurante Al Karam em Beirute


Ouzi (arroz temperado com carne de cordeiro e snoubar, coberto com coalhada) do restaurante Al Balad em Beirute. Um prato exótico, diferente e muito saboroso. Esse arroz veio totalmente fechado dentro do pão sírio. Como fazem isso para mim é um mistério!


Peixe ao molho Taratur (molho à base de gergelim) que eu fiz
Esse peixe eu não conhecia e provei pela primeira vez na casa da Sheila, a brasileira que nos ofereceu o jantar em Beirute (está na foto da mesa). Fiquei encantada com esse molho feito com tahine, o que dá um sabor único e exótico ao prato, e por levar nozes achei que seria perfeito para a minha ceia de Natal. A receita eu adaptei do livro "Receitas que Emocionam" de Violeta Haddad Yazbek e compartilho aqui:

Peixe ao molhoTaratur
Ingredientes
1 pescada ou robalo de 3 kg inteiro ou em filés
sal,alho,limão azeite e pimenta do reino.
1cebola grande em rodelas grossas.
1 kg de cebolas cortadas em rodelas finas
8 colheres (sopa) bem cheias de molho de gergelim (tahine)
1 xícara de (chá) de suco de limão
2 dentes de alho.
óleo e azeite misturados
Preparo
Limpe muito bem o peixe e faça 3 talhos de cada lado sem aprofundá-los caso utilize o peixe inteiro.Tempere o peixe com sal, alho, limão, azeite e pimenta do reino à gosto.
Coloque numa assadeira rodelas grossas de cebola e sobre elas o peixe. Regue óleo e azeite a gosto e leve ao forno com o molho do tempero regando-o sempre até assar.
Enquanto isso frite em óleo bem quente as cebolas cortadas em rodelas finas e passadas previamente em um pouco de farinha de trigo. Seque em papel toalha para tirar o excesso de gordura e reserve.
Desmanche o molho de gergelim em pouca água. Junte o alho socado com sal o caldo de limão. Bata bem até esbranquiçar. Despeje este molho sobre a cebola que já deve estar frita e seca. Se o molho estiver muito grosso, junte um pouco do caldo do peixe e amoleça com pouca água.
Tire o peixe do forno coloque na travessa (retire a pele com cuidado se o peixe for inteiro). Despeje o molho de cebolas bem quente sobre o peixe. Salpique 1 xícara de chá de nozes picadas e sirva em seguida. Muito bom!


Saiadie (arroz de peixe) do restaurante do Ministério do Turismo em Sidon. Delicioso!


Saiadie que eu fiz

O Saiadie foi outro prato que eu não conhecia e provei pela primeira vez no Líbano. Como adorei, também arrisquei e fiz em casa. Não ficou tão bonito como o do restaurante, mas estava delicioso! Por isso segue abaixo a receita que também adaptei do livro "Receitas que Emocionam" de Violeta Haddad Yazbek.
Saiadie: arroz de peixe
Ingredientes

· 1 ½ kg de postas de peixe (cação, pescada)
· 2 xícaras (chá) de arroz,
. Suco de limão
· ¾ de xícara (chá) de azeite
· 3 cebolas em fatias
· 4 xícaras (chá) de água fervente
· ½ xícara (chá) de farinha de trigo
. Sal e pimenta-do-reino e pimenta síria
Preparo
Tempere o peixe com o sal, pimenta-do-reino e suco de limão a gosto. Deixe descansar por 1 hora. Escorra o peixe do tempero e passe as postas na farinha de trigo. Numa panela grande frite-as em azeite bem quente e reserve. Na mesma panela, doure no azeite a cebola em fatias até ficarem douradas. Junte a água, mexa e acrescente o peixe. Cozinhe por 5 minutos, coe, reserve o caldo e o peixe com a cebola separadamente. Aqueça o restante do azeite e refogue o arroz. Junte o caldo, tempere com sal, pimenta síria a gosto e cozinhe até ficar macio. Se necessário, adicione mais água quente.Coloque as cebolas com o peixe no fundo de uma forma refratária. Por cima coloque o arroz quente apertando com uma colher. Deixe descansar por 5 minutos e desenforme. Sirva coberto com lascas de amêndoas.

E ainda falta falar dos doces, deliciosos, que podem ser aromatizados com misk ou essências de flores, e são incrementados por frutas secas (tâmara, figo, damasco, uva, pinhole, amêndoa, nozes e pistache).


Setor de doces no supermercado em Beirute

São tantos tipos que fica difícil escolher entre tantas delícias, mas os que eu mais gosto são:


Knefe e Burma (doces de macarrão recheados com pistache ou nozes)


Herist lauz (doce de semolina com amêndoas)



Ataief (pastel recheado com nozes com calda de flor de laranjeira)


Baklawa (massa folhada com pistache ou nozes)


Malabie (manjar libanês de miski), o meu preferido, que é um creme de misk e água de flor de laranjeira coberto com damasco...maravilha!!!


Mahmoul (doce de semolina amanteigado recheado com tâmaras ou nozes ou pistache)
O mahmoul que experimentei no Líbano é bom, mas não chega aos pés do que é feito por minha amiga Nadia aqui em São Paulo. Aliás, ela é banqueteira das boas em se tratando de comida sírio-libanesa, e quem quiser experimentar uma dessas comidas maravilhosas que mostrei neste post, é só entrar em contato com ela aqui e encomendar. Bom apetite!

E com este post encerro nossa visita ao Líbano, que deixa saudades, mas que trouxe um mundo novo de imagens, sons, aromas e sabores inesquecíveis, além dos novos e queridos amigos do grupo de viagem.


Até breve, e continuem acompanhando as próximas postagens da continuação da viagem à Turquia.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Em luta contra "Depressão", Jim Carrey resume perfeitamente o que a doença faz no paciente.



Famoso por sua versatilidade, o ator e comediante Jim Carrey falou sobre sua depressão e a luta constante contra a doença, que atinge cerca de 350 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Jim Carrey tem depressão
O ator revelou o diagnóstico em 2004, durante uma entrevista à rede norte-americana CBS News, e chegou a dizer que a doença tem fases mais amenas e outras difíceis: “Há picos e vales, mas eles são sempre cavados e suavizados para que você sinta um permanente desespero e fique sem respostas, mesmo que viva bem”, disse na época.
O ator ainda chegou a abordar a capacidade de mascarar a condição: “Você consegue sorrir quando está no trabalho, mas continua em um baixo nível de aflição.”


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Como o paciente se sente: ator descreve
Após anos sem falar sobre o assunto, Jim o retomou em uma entrevista ao site britânico I News. Nela, o ator diz que “às vezes, é feliz” e explica que a depressão vai e volta, mas agora ele aprendeu a conviver e enfrentá-la.
“Neste momento, eu não tenho depressão. Não há uma experiência de depressão. Eu tive isso por anos, mas, agora, quando a chuva vem, chove, mas passa. Ela não fica mais o suficiente para me deixar imerso e me afogar”, descreveu.

A declaração do ator resume de maneira exata como a depressão se apresenta e ainda ressalta aspectos importantes da doença:

Depressão não é constante
Diferente do senso comum, ter depressão não é se sentir desanimado e desesperançoso o tempo todo, visto que a presença e intensidade dos sintomas variam. Todavia, o que diferencia a tristeza comum da depressão é a duração dos sinais.

“O problema começa quando o sentimento debilita a qualidade de vida do doente, se manifestando durante a maior parte do dia, quase diariamente, por um período de duas semanas, no mínimo”, explica o psiquiatra Antônio Geraldo da Silva, superintendente técnico da Associação Brasileira de Psiquiatria.Leia Mais: Cogumelos alucinógenos dão ‘reset’ no cérebro de pessoas com depressão

Aflição permanente
Em alguns casos, mesmo nos momentos em que os sintomas estão amenos, há uma constante sensação de que algo não está como deveria, a qual pode ser comparada a sentimentos como aflição, agonia e até angústia.


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Comportamento “normal” para outras pessoas
Ainda existe o esteriótipo de que ter depressão é passar o dia na cama, sendo que grande parte das pessoas que convivem com a doença podem trabalhar e estudar “normalmente”, até mesmo aparentarem felicidade. Jim Carrey é um exemplo disso, já que continuou a trabalhar e até a manter o característico senso de humor em público, mesmo com depressão.
Apesar disso, existem, sim, pacientes que interrompem integralmente suas atividades diárias, já que o problema pode ser manifestado de diferentes formas.
A busca por informações é a principal tarefa para identificar sinais de depressão menos óbvios e buscar ajuda para si ou outras pessoas.
É controlável
A depressão do ator Jim Carrey mostra que o tratamento adequado pode controlar a doença, recuperar a qualidade de vida e evitar recidivas, uma vez que o paciente aprende a identificar e lidar com os sinais.


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O primeiro passo é buscar auxílio médico. Se o quadro for confirmado, podem ser adotados medicamentos antidepressivos. A terapia com psicólogo e a prática de atividades físicas também são indicados.



VIVA O NOVO DE DEUS...Renovar a cada tempo.


“E aquele que está assentado no trono disse:

Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou:
Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras”
Apocalipse 21.5



-Introdução: Deus gosta de coisas novas. Por isso sempre renova tudo para nos dar novas oportunidades. O Deus Eterno é o único que está acima do tempo e pode reger todas as coisas (Salmos 90.1,2).


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O ser humano precisa do novo, que gera bem estar e expectativa, por isso Deus proporciona estas oportunidades de se renovar a cada tempo (Eclesiastes 3.1-14).
Como é o novo de Deus?


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Vamos refletir sobre o que Deus tem de novo para nossas vidas:
1- O novo de Deus é uma NOVA VIDA:
II Coríntios 5.17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”.
Somente se estivermos dispostos a nos renovar poderemos experimentar o novo de Deus. Mas se o coração for velho, nada será novo (Ezequiel 11.19). Se em nosso íntimo tivermos pensamentos velhos, nada mudará. Por isso é importante nascer de novo (João 3.7) para ser uma “nova criatura” (I Coríntios 5.17).
Para viver o novo de Deus é preciso se tornar uma nova vida!
2- O novo de Deus é uma MUDANÇA:
Marcos 2.21,22 “Ninguém costura remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo novo tira parte da veste velha, e fica maior a rotura. Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho romperá os odres; e tanto se perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos”
Para viver o novo é preciso aceitar mudanças. Quem não aceita mudanças não está aberto para o novo de Deus. O que é velho se repete sem mudar, mas o novo apresenta desafios. Jesus disse que não deseja fazer remendos de coisas velhas com coisas novas, mas quer renovar tudo em nossas vidas (Marcos 2.21,22).
Para viver o novo de Deus é preciso estar aberto para mudanças!


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3- O novo de Deus é uma OPORTUNIDADE:
Lamentações 3.21-23 “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade”
A cada manhã o sol nasce novamente como um novo dia cheio de oportunidades pela misericórdia de Deus (Lamentações 3.23). Precisamos aproveitar as oportunidades que a vida nos proporciona para viver o novo de Deus.
Para viver o novo de Deu é preciso estar atento às oportunidades!


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Viva o novo de Deus para sua vida!
-CONCLUSÃO:
Jeremias 33.3 “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes”
A cada ano, cada mês, cada semana, cada dia, cada hora e a cada minuto podemos experimentar o novo de Deus para nossas vidas.



Se vc não buscar a novidade, a rotina vem, o tempo vira inimigo e você vai se tornar obsoleto. Logo você poderá não mais fazer falta e nem diferença. Seja você aquele cristão que desejaria conhecer, aquele referencial de Deus aqui na Terra em todos os sentidos. Invista hoje na sua renovação espiritual. Só depende de você!O Senhor nos promete um dia criar “novos céus e nova terra” (Isaías 65.17), quando viveremos eternamente com Deus e tudo será eternamente novo.
Através da oração podemos alcançar coisas novas que Deus tem preparado para nós.
Deus tem algo novo para você!
_____________________________
Citações Bíblicas: Bíblia Revista e Atualizada, Sociedade Bíblica do Brasil.

sábado, 19 de janeiro de 2019

O MITO, Johnny Alf. UM ÍCONE DO NOSSO MPB POUCO FALADO.

Colaboração do amigo!




Zé Luiz Mazziotti
Teacher na empresa EMESP Tom Jobim
Músico.

17 de janeiro às 22:27


ATENÇÃO
Esse texto não é meu !!!
Prometo achar o autor e divulgar !!!
Sorry




Só para constar:
No ano de 1953, o pianista e cantor da noite Johnny Alf surpreendia os frequentadores das boates Plaza, Clube da Chave e Mandarim de Copacabana, Rio de Janeiro, com o samba “Rapaz de bem”. A música, que ele próprio gravou ao piano em 1956 para o selo Copacabana, lembrava o jazz, mas continha elementos brasileiros, como as síncopes e a reinvenção do tema do malandro. Com essa música, Johnny Alf fundou um estilo que viria a ser conhecido cinco anos depois como bossa nova, a mistura do samba e do jazz. Johny Alf, que morreu de câncer na quinta-feira (4) em São Paulo, com 81 anos incompletos, não foi o precursor da bossa nova, como insistem por aí. Ele foi a base da bossa, a raiz, a pedra fundamental, o que queiram.



A realidade é esta: por uma questão de panelinha, o boêmio negro e pobre Johnny Alf foi excluído da chamada turminha de João Gilberto, Carlos Lyra e Tom Jobim, formada de rapazes e moças realmente de bem, vindos da classe alta carioca. Eles é que tomavam uísque na boate e pagavam para ouvir Alf tocar e cantar. “Rapaz de bem” é a descrição visionária de uma nova geração de malandros chiques, que formaria o gosto pelo jazz no Brasil. Samba e jazz: não há melhor definição para a bossa nova. Era assim que a “turminha” definia suas canções no início do movimento. A música de Alf, influenciada pela harmonia de Debussy e Chopin, inspirou uma geração de músicos. E diferentemente dos que tomaram para si a invenção do samba moderno, Alf jamais escondeu suas fontes. Basta ouvir “Seu Chopin”, que ele lançou em 1964, no LP que levava o nome de seu maior sucesso: Eu e a brisa.



Apesar de tantas canções fundamentais e de ter servido como paradigma da bossa nova, Alf foi esquecido por longos anos, e colocado no escaninho de precursor da genialidade alheia. Lembro-me no início dos anos 90, quando Alf estava banido das casas de espetáculo. Dois amigos meus melômanos me aproximaram dele – e foi uma experiência incrível. A experiência de confabular com um mestre da canção. Ele nos recebeu no seu sobradinho no bairro da Mooca, e lá nos mostrou seus discos favoritos, e tocou suas canções em um modesto piano. Leitor de clássicos, apaixonado pelos grandes compositores,



Alf não se limitava a papos de músico. Morreu novamente esquecido, até porque seu temperamento reservado impedia a aproximação. Mesmo assim, ele concedeu uma entrevista para o programa A Voz Popular, da rádio Cultura. Talvez tenha sido sua derradeira grande entrevista. Até porque Alf era monossilábico e não gostava de falar. Talvez a extrema timidez tenha impedido de que fosse mais venerado. Mas não há dúvida de que foi um gênio fundador.



Sua história é suficientemente clara para demonstrar o que estou dizendo. Ele foi membro fundador do Sinatra-Farney Club, que, no fim dos anos 40, cultuava a canção americana. Mas também era fã de Noel Rosa, como ele criado em Vila Isabel. Quando José Alfredo da Silva nasceu, em 1929, Noel estava começando a carreira. Neste ano comemoramos o centenário de Noel. Vamos lembrar de 2010 como o ano da morte do grande inovador da música popular universal, Alf. Sua obra, suas gravações merecem estar ao lado da de seus contemporâneos, no mesmo nível das de João Gilberto e Tom Jobim.



É o legado de um grande mestre da harmonia e do ritmo. Um gênio que nunca mais vai deixar que esqueçamos dele.


Carreira
Legado de um grande mestre da harmonia e do ritmo. 


Em 1972.
Perdeu o pai, cabo do exército, aos três anos de idade. Sua mãe trabalhava em casa de uma família na Tijuca e o criou sozinha. Seus estudos de piano começaram aos nove anos, com Geni Borges, amiga da família para a qual sua mãe trabalhava.

Após o início na música erudita, começou a se interessar pela música popular, principalmente trilhas sonoras do cinema norte-americano e por compositores como George Gershwin e Cole Porter. Aos 14 anos, formou um conjunto musical com seus amigos de Vila Isabel, que tocavam na praça Sete (atual praça Barão de Drummond). Estudou no Colégio Pedro II. Entrando em contato com o Instituto Brasil-Estados Unidos, foi convidado para participar de um grupo artístico. Uma amiga americana sugeriu o nome de Johnny Alf.

Em 1952, Dick Farney e Nora Ney o contratam como pianista da nova Cantina do César, de propriedade do radialista César de Alencar, iniciando assim sua carreira profissional. Mary Gonçalves, atriz e Rainha do Rádio, estava sendo lançada como cantora, e escolheu três canções de Johnny: Estamos sós, O que é amar e Escuta para fazerem parte do seu longplay Convite ao Romance.

Foi gravado seu primeiro disco em 78 rpm, com a música Falsete de sua autoria, e De cigarro em cigarro (Luís Bonfá). Tocou nas boates Monte Carlo, Mandarim, Clube da Chave, Beco das Garrafas, Drink e Plaza. Duas canções se destacaram neste período: Céu e mar e Rapaz de bem (1953), ambas de melodia e harmonia consideradas revolucionárias, precursoras da bossa nova.

Em 1955 foi para São Paulo, tocando na boate Baiuca e no bar Michel, com os iniciantes Paulinho Nogueira, Sabá e Luís Chaves. Em 1962 voltou ao Rio de Janeiro, se apresentando no Bottle's Bar, junto com o conjunto musical Tamba Trio, Sérgio Mendes, Luís Carlos Vinhas [2] e Sylvia Telles. Apresentava-se no Litlle Club e Top, o conjunto formado por Tião Neto (baixista) e Edison Machado (baterista).

Em 1965 realizou uma turnê pelo interior paulista. Tornou-se professor de música no Conservatório Meireles, de São Paulo. Participou do III Festival da Música Popular Brasileira em 1967, da TV Record - Canal 7, de São Paulo, com a música Eu e a brisa, tendo como intérprete a cantora Márcia (esposa de Silvio Luiz). A música foi desclassificada, porém se tornando um dos maiores sucessos de sua carreira.

Em seus últimos anos de vida Johnny raramente se apresentava, em razão de problemas de saúde. Esteve apenas na abertura das exposições dedicadas aos 50 anos da bossa nova na Oca, em 2008,[3] e, em janeiro de 2009, no Auditório do SESC Vila Mariana, em São Paulo.[4][5] Na mostra sobre os 50 anos da bossa nova, Alf teve um encontro virtual com nomes como Tom Jobim, Frank Sinatra, Ella Fitzgerald e Stan Getz. O artista tocava piano com as projeções dos colegas, já mortos, para um filme que foi exibido ao longo do evento. Segundo o curador da mostra, Marcello Dantas, Johnny Alf foi "o caso clássico do artista que não teve o reconhecimento a altura de seu talento. Alf foi um gênio e teve participação na história da nossa música".[6]

O compositor não tinha parentes. Vivia em um asilo em Santo André. Seu último show foi em agosto de 2009, no Teatro do Sesi, em São Paulo, ao lado da cantora Alaíde Costa.[7]

Faleceu aos 80 anos no hospital estadual Mário Covas, em Santo André (SP), onde, durante três anos, se tratou de um câncer de próstata. Ele vivia em uma casa de repouso na cidade.[8][9][10]

Segundo o jornalista Ruy Castro, Johnny Alf foi o "verdadeiro pai da Bossa Nova". Tom Jobim, outro dos primeiros artistas da Bossa Nova, admirava Johnny Alf a ponto de apelidá-lo de "Genialf".[11]
Discografia[editar | editar código-fonte]
1952 - Johnny Alf
1952 - Convite ao Romance - Mary Gonçalves
1954 - Johnny Alf (78 rpm)
1955 - Johnny Alf (78 rpm)
1958 - Johnny Alf (78 rpm)
1961 - Rapaz de bem (longplay)
1964 - Diagonal (Lp)
1965 - Johnny Alf - arranjos de José Briamonte
1968 - Johnny Alf e Sexteto Contraponto
1971 - Ele é Johnny Alf
1972 - Johnny Alf - compacto duplo
1974 - Nós
1978 - Desbunde total
1986 - Johnny Alf - Eu e a brisa
1988 - O que é amar
1990 - Olhos Negros - participação Gilberto Gil,Chico Buarque,Caetano Veloso, Roberto Menescal, Leny Andrade, Márcio Montarroyos e outros.
1997 - Johnny Alf e Leandro Braga - Letra e música Noel Rosa
1998 - Cult Alf - Johnny Alf - gravado ao vivo
1999 - As sete palavras de Cristo na Cruz - Dom Pedro Casaldáliga
2001 - Johnny Alf - Eu e a Bossa - 40 anos de Bossa Nova
Participações especiais[editar | editar código-fonte]


1975 - 100 anos de Música Popular Brasileira - Projeto Minerva - série de oito álbuns produzidos e apresentado por Ricardo Cravo Albin, gravados ao vivo na rádio MEC do Rio de Janeiro. Cantando ao lado de Alaíde Costa e Lúcio Alves.
1976 - Trilha sonora da telenovela Anjo Mau, da Rede Globo, com a música O que é amar.
1998 - O show Noel Rosa - Letra e música, lançando um compact disc com o mesmo nome, foi realizado no Sesc Pompeia, em São Paulo. Incluindo a canção Noel, Rosa do Samba, de Paulo César Pinheiro.
2004 - CD Dois Corações, da cantora mineira Fernanda Cunha. No Cd os "dois corações" são Johnny Alf e Sueli Costa, uma das mais importantes compositoras brasileiras, que também faz participação especial com piano e voz.