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domingo, 1 de dezembro de 2013

Como os smartphones monitoram cada passo seu!


Como os smartphones monitoram cada passo seu...





Há uma razão pela qual os smartphones tenham esse nome, mas será que eles estão ficando muito inteligentes? Nós sabemos que eles podem tirar fotos, rodar diversos aplicativos e nos ajudar a guiar até um destino, mas por trás de toda essa tecnologia há algo mais preocupante acontecendo.

Um artigo publicado no Buzzfeed analisa a forma como os smartphones em um futuro não tão distante irão meter o nariz em nossas tarefas diárias, tornando-se dispositivos de vigilância que acompanham cada movimento nosso, nosso método preferido de comunicação, o tipo de transporte que usamos com mais frequência e até mesmo saber quando ignoramos um exercício.

Como eles sabem isso? Dentro de smartphones modernos, não há somente um receptor de GPS que pode transmitir a sua posição para os satélites, mas também há sensores de movimento, giroscópios e acelerômetros que coletam dados suficientes para dizer onde você está, onde você esteve e o quanto você está apto para algo.


Moto G5 Platinum Motorola com Tela de 5?, 4G, 32 GB e Câmera de 13 MP

O artigo menciona como os pesquisadores da Universidade de Helsinki, na Finlândia, desenvolveram um método para descobrir qual meio de transporte a pessoa usou com base nos dados de movimento do telefone. Eles olharam para mais de 150 horas de dados do acelerômetro e padrões de movimentos reconhecidos que se correlacionam com os de um trem, carro, ônibus, etc.

A rede móvel AT & T, dos EUA, também realizou um estudo para identificar padrões de atividade humana, controlando o uso de smartphones em uma determinada área. Embora isso seja extremamente invasivo, a rede esperava que os resultados pudessem ajudar a melhorar o fluxo de tráfego em eventos como concertos de música.

Alguns donos do iPhone 5S podem não saber, mas dentro do smartphone está um chip de sensor de movimento que reúne dados de movimento do dispositivo e é intuitivo o suficiente para registrar mudanças em sua velocidade para determinar se você está andando, correndo ou dirigindo.

Ele pode até mesmo dizer como você está está segurando o aparelho e quando você está dormindo. Isso pode soar um pouco como algo do romance 1984, mas a tecnologia tem uma intenção supostamente inocente, que visa trabalhar em conjunto com aplicativos de fitness que por sua vez podem dizer se você foi preguiçoso demais esta semana.


Todos estes dados disponíveis tem despertado o interesse do governo (naturalmente). Por exemplo, o CEO do aplicativo Moves diz que foi abordado por algumas cidades que gostariam de utilizar os dados para fins de planejamento.

Smartphone Lenovo Vibe B Preto com 8GB, Tela 4.5, Câmera 5MP, 4G, Dual Chip, Android 6.0, Processador Quad-Core + Capa Extra Dourada

Em suma, embora este conjunto de dados pareça uma invasão grave de privacidade e dê um vislumbre de uma visão perturbadora do futuro, ele poderia trazer alguns benefícios quando se trata de saúde ou fornecer dados valiosos sobre como melhorar a
infra-estrutura civil e da psicologia humana. E você leitor, o que acha disso?


Lugares inacreditáveis ao redor do mundo...maravilhas para serem vistas...


10 lugares inacreditáveis ao redor do mundo


VOCÊ VAI OLHAR AS FOTOS E PENSAR "ISSO É MONTAGEM". MAS ACREDITE, É
TUDO REAL!


Pode até parecer aqueles virais que você recebe em apresentações de slides no e-mail, geralmente de procedência duvidosa, mas não é. Há lugares no planeta que desafiam a compreensão de qualquer um. Não acredita? Veja as peças que a natureza prega e tente entender como é possível um visual desses.

Túnel Wisteria, Japão



AS VINHAS DE WISTERIA FORMAM UM ARCO COLORIDO SOBRE A CABEÇA DOS VISITANTES (FOTO: REPRODUÇÃO)
A cidade de Kitakyushu é um destino turístico incrível nos meses de abril e maio. Isso porque, durante a primavera, os jardins Kawachi Fuji formam um arco de wisteria - uma tradicional vinha oriental - de várias cores. O resultado é espetacular.

Floresta curvada - Polônia



FLORESTA CURVADA, NA POLÔNIA, É UM MISTÉRIO ATÉ HOJE (FOTO: REPRODUÇÃO)

Localizada na divisa noroeste da Polônia com a Alemanha, um bosque com cerca de 400 pinheiros surpreende todos com a base de seu tronco curvado. Pouco sabe-se sobre como aquilo foi feito, mas há registros que elas surgiram em 1930, por meio de manuseio humano A técnica, entretanto, permanece desconhecida.

Túnel do amor, Ucrânia



TÚNEL DO AMOR, NA UCRÂNIA, RECEBEU ESTE NOME DEVIDO AOS ENCONTROS DE JOVENS CASAIS NO LOCAL (FOTO: REPRODUÇÃO)

Bastou um túnel de trem abandonado e a ação da natureza para o distrito de Kleven, na Ucrânia, ganhar esta maravilhosa paisagem. O nome, Túnel do amor, é uma menção aos jovens casais locais, que vão se "encontrar" lá.

Canyon de Gelo, Groelândia



CANYON DE GELO, NA GROENLÂNDIA, É POSSUI O DOBRO DA EXTENSÃO DO GRAND CANYON (FOTO: REPRODUÇÃO)

Descoberta em 2013, essa barreira de gelo formada por atividade da água tem o dobro da extensão do Grand Canyon, nos Estados Unidos. Vista de cima, é uma das paisagens mais incríveis do planeta.

Pirâmide arredondada, Austrália


PIRÂMIDE ARREDONDADA, PRÓXIMA À AUSTRÁLIA, É O MAIOR PENHASCO OCEÂNICO DO MUNDO (FOTO: REPRODUÇÃO)

Essa formação rochosa é datada de 7 milhões de anos atrás, quando era um vulcão. Agora, é o maior penhasco oceânico, com 562 metros de altura. Um lugar digno de QG de vilão do James Bond. Ao fundo, é possível ver a ilha Lorde Howe, arquipélago australiano localizado no Oceano Pacífico.

Parque Nacional dos Lagos de Plitvice - Croácia


Imagem relacionada

LAGOS DE PLITVICE MISTURAM ESPELHOS D' ÁGUA, VEGETAÇÃO E CACHOEIRAS (FOTO: REPRODUÇÃO/FLICKR)

A reserva natural mais antiga do sudeste da Europa é praticamente Pandora, o satélite onde é ambientado Avatar, sucesso de bilheterias de James Cameron. Essa mistura de quedas d' água e vegetação gera um visual de outro planeta.

Praia Vermelha de Panjin - China

Imagem relacionada


AÇÃO DA NATURA TRANSFORMA A COR DO LITORAL DE PANJIN (FOTO: REPRODUÇÃO)

Uma espécie de alga sofre um processo de superpopulação em certos períodos do ano nesta cidade ao sudoeste da China, deixando uma parte do litoral vermelho. O que era para causar problemas, já que as plantas deixam a água quase sem nutrientes, acabou virando atração turística.

Penhasco de Etretat - França


PENHASCOS DE ETRETAT SÃO PERFEITOS PARA UMA FOTO. SÓ CUIDADO AO PEDIR UM PASSO PARA TRÁS (FOTO: REPRODUÇÃO/ FLICKR)

Etretat era um território da Normandia. Sabendo isso, não é difícil de imaginar que o próprio Odin talhou à mão este penhasco, um ponto adorado por fotógrafos que vão ao norte da França. Cada detalhe, da textura do paredão de rocha ao formato recortado pelo desgaste da águas, tornam a vista especial.

Atlantic Ocean Road - Noruega


OBRAS DA ATLANTIC OCEAN ROAD COMEÇARAM EM 1984 E SÓ TERMINARAM EM 99 (FOTO: DIVULGAÇÃO)

O relevo da Noruega é um verdadeiro problema para quem mora lá. Principalmente em seu litoral, a costa dá lugar a uma série de pequenas ilhas. Então, para se deslocar de uma ponta a outra, foi criada uma rodovia de 8,3 quilômetros. Cheia de curvas, ela demorou 15 anos para ficar pronta. Os corajosos gostam de fazer a viagem de Vevang a Utheim no outono, quando ondas soberanas quebram nas pontes.

Antalope Canyons - Estados Unidos


ANTALOPE CANYONS, NOS ESTADOS UNIDOS (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Um dos canyons estreitos mais visitados do mundo, fica dentro do território do povoado Navajo, uma das mais antigas comunidades indígenas dos Estados Unidos. Além da rica coloração das paredes e da fina areia dos desertos do Arizona ao chão, as luzes solares incidem sobre as frestas ao topo, gerando um verdadeiro espetáculo.

sábado, 30 de novembro de 2013

Os jacarés do Pantanal vistos pelo fotógrafo Luciano Candisani...


Os jacarés do Pantanal vistos pelo fotógrafo Luciano Candisani

 HAROLDO CASTRO GERAL TAGS: BRASIL, CONSERVAÇÃO, FOTOGRAFIA, LIVROS, NATUREZA




Conheci o trabalho fotográfico de Luciano Candisani quando eu ainda trabalhava na ong ambientalista Conservation International, em Washington, DC. Precisávamos de algumas fotos de muriqui e ele possuía algumas imagens singulares.

Mais de uma década depois, deparo-me com seu último livro “Pantanal na linha d’água” (National Geographic, 2013, 205 páginas). Nele, Candisani apresenta a água e sua dinâmica como o elemento fundamental na gênese e manutenção da vida na grande planície inundável da Terra, o Pantanal. É uma abordagem inovadora de um ambiente já conhecido e documentado a exaustão por inúmeros filmes, reportagens e livros. Para saber como ganhar um exemplar do livro, leia até o final da matéria.

Na busca por sua interpretação pessoal do tema, Candisani elegeu como elemento fundamental de sua narrativa visual a espécie mais comum e mais clicada da fauna pantaneira, o jacaré. Vítimas de um dos maiores massacres de animais silvestres jamais vistos – a época dos coureiros –, esses animais foram abatidos ilegalmente aos milhões para abastecer o comércio internacional de peles durante as décadas de 1980 e de 1990. Estima-se em mais de um milhão a quantidade de animais mortos. Todos com apenas um tiro de espingarda 22, entre os olhos, para não estragar o couro. O final dessa atividade criminosa só aconteceu em 1992, às vésperas do evento Rio-92, quando uma ação intensa da Polícia Militar Florestal (Polícia Ambiental, na época) interrompeu a matança que poderia ter levado a espécie a desaparecer.



No período da seca, os jacarés concentram-se em grande número nas lagoas remanescentes em busca de peixes e de abrigo contra o sol abrasador. Essa imagem foi feita durante o crepúsculo vespertino, próxima à estrada transpantaneira, em uma lagoa habitada por mais de quatro mil jacarés.

Hoje, protegidos por lei, os jacarés voltaram a ocupar seu ambiente natural. Estima-se que 10 milhões deles vivam no Pantanal. É o bicho mais visto e fotografado pelos visitantes: fica parado, tomando sol durante horas, imóvel nas praias ou flutuando na superfície de rios e das baías. Antes, alvo das espingardas, hoje é mira fácil das câmeras fotográficas. “O bicho se acostumou à presença humana, pois sabe que não vai levar um tiro de verdade”, afirma Candisani. “Há 20 anos, nenhum jacaré ficava a menos de cinco metros de uma pessoa.”
Candisani fotografou seu primeiro jacaré em 1985, quando, aos15 anos, foi ao Pantanal com o pai. “Eram muito ariscos. Só víamos os repteis à noite, com lanterna, e os olhos brilhavam”, diz. “De lá para cá, muita coisa mudou, incluindo o equipamento fotográfico”. Todos concordamos que a era digital trouxe um grande alívio para os fotógrafos que podem, agora, ver o resultado de sua imagem no mesmo instante.


Quando o Pantanal começa a encher, em poucos dias campos naturais de gramíneas ganham os contornos de rios e uma floresta aquática colorida surge do fundo.
No caso das fotos subaquáticas de Candisani, checar a imagem final é essencial para corrigir possíveis erros. “Para as fotos onde se vê, na metade inferior, o ambiente aquático e, na metade superior, a superfície, é indispensável acompanhar o resultado da imagem”, afirma Candisani. “Existem muitas variáveis em jogo: a luz externa, a luz interna, o uso de flash, o foco e até as gotas de água que escorrem pela lente.” Para a foto que se tornou capa do livro, ele precisou usar dois flashes embaixo d’água e um terceiro na superfície.
Outra característica das fotografias subaquáticas de Candisani foi mostrar o comportamento pouco conhecido dos jacarés, como, por exemplo, de pé com as patas traseiras apoiadas no fundo de areia, como pequenos tiranossauros. Outras imagens mostram o réptil nadando com a agilidade de um peixe ou, quando ainda recém nascido, camuflado na vegetação aquática.


No final do período das chuvas, os peixes deixam os campos inundados em direção aos rios principais, passando por canais estreitos. Jacarés tiram proveito da situação de alimentação fácil. Os dois repteis brigavam pela melhor posição para o banquete.

“O que me permitiu trabalhar em segurança e a curta distância com esses predadores foi a “minha descoberta” de um comportamento que notei quando fazia uma matéria sobre raias, no Pantanal”, afirma o fotógrafo. Ele viu que os jacarés estavam completamente concentrados na passagem de cardumes e não reagiam a nada além dos peixes. Teve então a ideia de procurar mais situações daquele tipo para poder se aproximar com segurança dos predadores. Deu certo.

O jacaré, adaptado aos extremos de chuva e da estiagem, simboliza a dinâmica das águas no Pantanal. Infelizmente, segundo o autor do livro, vivemos um momento de risco iminente para o equilíbrio hídrico da região. Algumas das nascentes principais dos rios provedores de água para a planície pantaneira nascem nas chapadas ao redor, no Cerrado, e se encontram na rota do desmatamento. O caso mais dramático aparece no último capítulo do livro. Em uma fotografia aérea, Candisani registrou, nas Chapada dos Parecis, MT, as nascentes do rio Paraguai – o principal do Pantanal – totalmente expostas, sem mata ciliar, imersas em um mar de lavouras. “É um alerta aterrador”, afirma.


Durante o período chuvoso, tempestades tropicais são frequentes no Pantanal. Essa foi registrada sobre o rio Touro Morto, afluente do Aquidauana. O formato inusitado da nuvem não durou mais do que cinco minutos. É um exemplo do trânsito de umidade pela atmosfera, os chamados rios voadores.


O ano de 2011 foi marcado por uma das maiores cheias já registradas no Pantanal. As chuvas provocaram a inundação de áreas normalmente fora dos limites da água, como a dessa árvore nas proximidades do rio Miranda.
Todas as fotos acima são de autoria de © Luciano Candisani. Proibida a reprodução.

O MAR MORTO ESTÁ MORRENDO! OU JÁ MORREU? Fique por dentro...


O MAR MORTO ESTÁ MORRENDO! OU JÁ MORREU?
CONSERVAÇÃO, ISRAEL, JORDÂNIA, PALESTINA;


Assistiremos em breve o funeral do Mar Morto? A maior depressão do planeta perde hoje um metro de água por ano e o nível continua a descer. Na década de 60 o lago estava a 390 metros abaixo do nível do mar; hoje está a 421,5 metros negativos. Os conservacionistas protestam, os economistas se preocupam e os políticos – mesmo se pouco amistosos entre si – sabem que devem se sentar à mesa de negociações.



O nível do Mar Morto baixou mais de 30 metros em quatro décadas. Sua área está reduzida a um terço do que era.

Três governos têm responsabilidade sobre as águas do lago hipersalgado: Israel, Jordânia e a Autoridade Palestina. Com um empurrão do Banco Mundial, os três bandos concordaram, em 2005, que algo deveria ser feito para reverter uma catástrofe ambiental. Encomendaram os estudos necessários, os quais estarão concluídos em 2010. Os governos acham que a melhor solução para encher novamente o Mar Morto é transferir água do Mar Vermelho.

A ideia parece boa. Afinal, o Mar Morto está bem abaixo do nível do Mar Vermelho. A água viajaria graças à força da gravidade dentro de uma tubulação (ou em um canal a céu aberto), cruzando 200 quilômetros de deserto entre Israel e Jordânia. O desnível significativo poderia até fazer funcionar uma hidrelétrica e parte da água do mar seria dessalinizada para consumo humano. O custo é salgado: o projeto pode ultrapassar 5 bilhões de dólares.




Hoje, o lago norte e o lago sul estão separados por um longo trecho de areia. Há algumas décadas, a área seca não existia.
Como sempre na nossa sociedade, estamos querendo encontrar o remédio para tirar a dor de cabeça, sem prestar atenção na CAUSA da dor. Por que o Mar Morto está desaparecendo? Simplesmente por causa da evaporação? A perplexidade é maior quando se considera que nenhum rio SAI do lago salgado. Este apenas recebe água. Desde os templos bíblicos, é a água do rio Jordão – e de outros riachos esporádicos que descem as montanhas que margeiam a depressão – que alimenta o lago. Ou, melhor, alimentava.

O que aconteceu? Numa região onde a água é um bem escasso, o fluxo do rio Jordão é utilizado ao máximo (principalmente para a agricultura) por jordanianos, israelenses e palestinos. Isso antes de chegar ao lago: cerca de 95% das águas do Jordão são desviadas. Sem um novo reabastecimento, o lago desaparece continuamente. “Em apenas 50 anos, conseguimos transformar o sagrado rio Jordão em um canal de esgoto e secar um terço da extensão do Mar Morto”, diz Gidon Bromberg, diretor da ONG conservacionista Amigos da Terra em Israel.

Conservacionistas, como os da ONG Amigos da Terra, acham que a solução deveria considerar o próprio rio Jordão. O que é necessário é um melhor manejo dos recursos hídricos. Afirmam que o projeto do Banco Mundial não contempla alternativas. Assinalam que os impactos ambientais de chupar a água do Mar Vermelho até o Mar Morto podem ser enormes e causar péssimas surpresas. Trazer uma grande quantidade de água de um mar normal (que possui uma composição bem diferente da do Mar Morto) transformaria o lago. A mistura poderia produzir reações químicas e criar desequilíbrios ainda maiores.

A alternativa preferida por alguns israelenses seria trazer a água do Mediterrâneo. A distância do porto de Haifa até o Mar da Galiléia (que escoaria a água até o Mar Morto) é de apenas 42 quilômetros, uma distância cinco vezes menor do que a opção do Mar Vermelho.




A empresa Dead Sea Works tomou conta da parte sul do lago para produzir potassa. Atrás da usina, as lagoas industriais de evaporação refletem a desolação do lugar.

Outra causa do problema é a indústria Dead Sea Works. Da água hipersalgada, a empresa retira enormes montanhas de potassa (um sal de potássio) e outros minerais usados na produção de fertilizantes. Para isso, a fábrica criou centenas de lagoas de evaporação na parte sul do Mar Morto. O impacto foi tão grande que essa porção do lago desapareceu nos anos 80. Hoje, a água chega às lagoas de evaporação por um canal que vem do lago norte.



Canal que leva água do lago norte ao lago sul, onde estão as lagoas de evaporação. A parte sul do Mar Morto só existe para fins industriais e graças à transposição da água.

Quando colocamos os dados das mudanças climáticas na equação do Mar Morto, o panorama é ainda mais amedrontador. A temperatura na região deve subir de 1 a 2 graus C até 2030/2050. Isso significa que a evaporação será ainda maior no futuro.

Existe solução? Independente da proposta técnica encontrada, pelo menos há um ponto positivo nisso tudo. Israelenses, palestinos e jordanianos terão de trabalhar juntos – e em paz – para salvar o Mar Morto. Tanto a água como o possível defunto (o lago) pertencem aos três governos.

Morto é o mais baixo reservatório de água do mundo e também o mais salgado, com sete vezes mais sal que os oceanos.
Localizado na foz do rio Jordão, ao norte, o lago faz fronteira com Israel, ao oeste e Jordânia, ao leste. O Mar Morto recebe abundante quantidade de água doce vinda do leste, mas o calor extremo e a baixíssima umidade da região acabam por evaporá-la, tornando-o sempre salgado. A grande quantidade de sal permite a fácil flutuação. Alguns acreditam que sua água tenha propriedades medicinais, o que fez surgir em sua orla uma grande quantidade de balneários voltados à saúde. Por outro lado o sal em abundância também elimina as espécies animais e vegetais. Os peixes que ali chegam vindos do rio Jordão não sobrevivem.As estacas da foto mostram a quantidade de sal que ao evaporar a umidade se colam nelas (o Sal).

Pela densidade da agua... Salina ao extremo é muito facil ficar na superfície do mar Morto!

Na Foto quando estive no Mar morto em Setembro de 2012!

JOÃO/ELI




Cassab

O TESOURO DE PETRA...

O TESOURO DE PETRA...


De Eilat, estou apenas a duas horas de estrada de Petra, uma das Sete Novas Maravilhas do planeta, sítio declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO e um dos 150 Lances de Viajologia. Só terei tempo de passar um dia em Petra (como fica na Jordânia, devo sair e entrar em Israel no mesmo dia). Mas vale o esforço!
A fronteira é bem mais tranquila do que eu imaginava. Moderna, pouca burocracia e sem ninguém fartamente armado dos dois lados. Não preciso ir a um consulado jordaniano para tirar um visto. Por 40 dólares, isso se resolve na fronteira mesmo. Às 8 da manhã, já piso o solo do meu 141º país. Cinco minutos depois, entro em uma van que me leva diretamente a Petra.
72-ptra-091-web41.jpgPetra está na minha lista de prioridades faz tempo, desde quando passei pela Síria em 1974. Mas na ocasião, a situação na região era tensa por causa da recente guerra do Yom Kippur (outubro 1973) entre Israel e três países árabes. Demorei três décadas e meia para voltar ao Oriente Médio. Você pode imaginar minha ansiedade para chegar logo no lugar…
Para entrar em Petra é preciso vencer a pé o Siq (foto ao lado), um cânion sinuoso com paredões de até 180 metros de altura. A passagem estreita tem 1,3 quilômetros de extensão e era a principal defesa dos antigos nabateus – um povo de origem árabe que trocou as areias do deserto por esse vale naturalmente protegido.
Como o Siq era o leito de um rio esporádico, os nabateus, para se protegerem contra enchentes relâmpagos, construíram uma represa na boca do cânion. Hoje, uma pequena barragem desvia as eventuais enxurradas.
Entro na garganta. As paredes de arenito ganham cores: manchas amarelas, laranjas e vermelhas decoram o desfiladeiro. As formas são curvilíneas, moldadas pela erosão dos elementos da natureza. Um guia mostra um baixo-relevo de dois camelos entalhado na pedra. O trabalho artístico tem mais de dois milênios de idade.
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Estou perto do final do Siq (foto ao lado). Percebo uma luz rosada por uma fresta entre as pedras. A rocha iluminada que aparece já não é mais bruta. Descubro paredes lisas, duas colunas, amostras de esculturas. A cada ângulo, desvendo novas formas. Mais alguns passos e tenho um enorme palácio à minha frente. É Al Khazneh ou oTesouro, o mais belo monumento de Petra e que serviu como mausoléu real.
Os nabateus começaram a edificar Petra há 23 séculos atrás. O vilarejo  transformou-se em uma importante encruzilhada nas rotas de caravanas entre a Arábia, o Mediterrâneo e o Oriente. Os nabateus viviam do imposto cobrado sobre o tráfego comercial e, assim, puderam se dedicar a construir uma bela cidade.
Mas com tanta matéria prima à disposição, porque construir tudo desde a primeira pedra? Preferiram reverter o processo e “desconstruir”. Dos paredões de arenito, escavaram – ou melhor, esculpiram – palácios, templos e moradias.  Arqueólogos ainda debatem sobre quando o Tesouro teria sido entalhado: as datas variam entre os anos 200 A.C. e 100 D.C.
O nome do monumento vem de uma lenda: um faraó egípcio – ou um grupo de bandidos – teria escondido seus ricos pertences em uma urna de pedra dentro de Al Khazneh. Beduínos, na esperança de algum milagre, fuzilaram a urna diversas vezes para ver se esta se abria, como em um passe de mágica. Mas a pedra, inerte e maciça, continua a guardar seus tesouros… e seu silêncio.

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Para aqueles que têm preguiça de andar a pé até o Tesouro, uma carona de dromedário pode ser uma pedida. Outros preferem o cavalo…
Se o Tesouro continha outros tesouros, jamais saberemos. Mas, na imaginação de Steven Spielberg e George Lucas, o monumento preservaria o tão procurado Santo Graal. Harrison Ford, em Indiana Jones e a Última Cruzada, passa por Petra e sai em disparada a cavalo pelo estreito desfiladeiro…

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Palácios, templos e residências foram escavados diretamente na rocha. Por essa particularidade, Petra foi sempre um sonho para mim.
Após o primeiro – e mais elegante – monumento de Petra, o vale se amplia e as construções na rocha viva se multiplicam. Descubro vários templos e um anfiteatro de 8 mil lugares, entalhado na época do império romano. Caminho mais um pouco e me deparo com um conjunto de templos, chamado Túmulos Reais. O principal é o Mausoléu da Urna.
Mas o tempo começa a ficar curto, os minutos voam. Subo as escadarias do Mausoléu da Urna, fascinado pela arte dos nabateus. Entro no templo, olho para o teto e meus olhos cintilam… Uma nova descoberta…

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O Mausoléu da Urna é uma das tumbas reais de Petra. Como as outras construções, o edíficio éesculpido na pedra. Poderia passar horas em cada templo, mas preciso retornar daqui a pouco a Israel…


Do editor... 

Eu Jo/Eli 
...
estive aí em Petra...e  fui fragado andando de camelo....




Muito me orgulho disso.
Abraços..