quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

APROXIMANDO A CURA DA AIDS, CIENTISTAS CONSEGUEM MEIO DE ERRADICAR TODOS OS VIRUS...

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A terapia antirretroviral já ajudou milhões de pessoas a sobreviver ao HIV. Infelizmente, o vírus ainda tem um mecanismo de sobrevivência embutido: ele cria reservatórios latentes de vírus inativos que são invisíveis à terapia antirretroviral e ao sistema imune.
Mas agora os pesquisadores da UC Davis identificaram um composto capaz de ativar o HIV latente, oferecendo a tentadora possibilidade do vírus ser expelido de seu reservatório silencioso e, assim, levando à cura. Melhor ainda, o composto, chamado de PEP005, já está aprovado pelo FDA. O estudo foi publicado pela PLoS Pathogens.
“Esta molécula tem grande potencial de avançar para estudos clínicos.”




“Estamos animados por ter encontrado um excelente candidato para a reativação e erradicação do HIV que já está aprovado para uso em pacientes”, disse a autora do estudo, Satya Dandekar, que preside o Departamento de Microbiologia Médica e Imunologia. “Esta molécula tem grande potencial de avançar para pesquisa translacional e estudos clínicos.”
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Satya Dandekar
Satya Dandekar
Embora a terapia antirretroviral tenha sido bem sucedida — reduzindo a infecção pelo HIV em recém nascidos, restaurando o sistema imune dos pacientes e reduzindo a carga viral para níveis virtualmente indetectáveis –, ela não é capaz de sozinha curar a doença. Se o tratamento é descontinuado, os reservatórios de vírus latente são reativados e a infecção retorna à galope. Como resultado, os pacientes precisam aderir ao tratamento para sempre, colocando-os em risco de sofrer com toxicidade a longo prazo.
“Erradicar o HIV é fundamental.”
“Nós avançamos muito, mas ainda temos 30 milhões de pessoas contaminadas pelo HIV”, disse Dandekar. “Sem os medicamentos, o vírus pode voltar com o mesmo níveis de ameaça aos pacientes. Erradicar o HIV é fundamental.”
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Erradicar quer dizer reativar o vírus latente e então destruí-lo — uma estratégia chamada de “chutar e matar”. Cientistas do mundo todo têm trabalhado nessa abordagem, mas encontrar o composto ideal tem sido desafiador. A molécula ideal precisa ter como alvo as proteínas associadas à latência do HIV sem superestimular o sistema imune ou ativar outras proteínas, como NF-kappaB, desenfreadamente. Resultados assim poderiam ocasionar efeitos colaterais severos.
O time de cientistas da UC David pode ter sido bem sido sucedido com o PEP005, o princípio ativo de uma droga já aprovada pelo FDA para tratar câncer, chamada PICATO, a qual aumentou a ativação do HIV em amostras de sangue de pacientes e mostrou baixa toxicidade.
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Estrutura tridimensional da superfície da célula com partículas de HIV sendo liberadas através da membrana plasmática. (Cortesia da Holland Cheng Lab, © UC Regents)
Entretanto, o HIV é um vírus complicado e, tal como os médicos descobriram com a terapia antirretroviral, deve ser atacado de múltiplas formas. Além da PEP005, os cientistas testaram outros compostos capazes de reativar o HIV através de diferentes caminhos. Esse processo meticuloso levou à molécula JQ1, que age sinergicamente com a PEP005, maximizando a ativação do HIV. Quando combinada com a PEP005, a JQ1 aumenta a ativação do vírus em até 15 vezes.
“Observamos uma ativação viral ainda mais intensa.”



“Um tratamento único não é suficiente e, por isso, estamos tentando atingir o HIV através de diferentes caminhos”, explicou Guochun Jiang, a primeira autora do estudo. “Como resultado, observamos uma ativação viral ainda mais intensa.”
Embora esses resultados sejam promissores, os cientistas têm consciência que eles só funcionam se o “chute” for seguido de “matar”. “Primeiro, precisamos identificar a melhor combinação de agentes ativadores de latência”, disse Dandekar. “Depois, precisamos ajudar os pacientes a limpar essas células reativadas. Só reativar o HIV da latência não será suficiente.”
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Dandekar lembra que muitos pacientes com HIV que fazem uso da terapia antirretroviral possuem respostas imunes robustas, as quais levarão um bom tempo até limpar o vírus. Ela acredita que as vacinas contra o HIV que estão em desenvolvimento trazem uma vantagem adicional: mesmo que uma vacina não seja 100% eficaz em prevenir a transmissão, ela pode aumentar a habilidade do paciente de destruir o vírus reativado.
Identificar a PEP005 e JQ1 como potentes ativadores do HIV é um passo fundamental nessa direção. “É muito animador que a molécula do PICATO já esteja aprovada e sendo usada em pacientes”, disse Dandekar. “Além de ser muito eficiente em reativar o HIV, ela também funciona maravilhosamente bem com outros agentes de reativação de latência, é menos citotóxica e não induz a uma resposta imune excessiva.”
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