quarta-feira, 7 de maio de 2014

OS 10 ANOS DA SIMPÁTICA "Dolly"...Deixou saudades.


Os dez anos da Dolly

Parece que foi ontem que a imagem da ovelhinha clonada invadiu a nossa vida, dando origem a uma vaga de esperanças e de temores.

Hoje, os avanços na clonagem colidem com limitações éticas.
Grande festa de anos é o que teriam organizado em honra de Dolly pelo seu décimo aniversário, se não tivesse morrido em 2003.
Agora seria uma avozinha e poderia contemplar com nostalgia uma foto tirada em Edimburgo, no dia em que celebrou um ano de vida.
Desde então, aconteceram muitas coisas por sua culpa.
A olho nu, não havia nada de invulgar na ovelha de raça "Finn Dorset" que nasceu no Instituto Roslin de edimburgo, em 5 de julho de 1996.
Porém o cordeirinho fêmea em breve se transformou na ovelha mais célebre do mundo. O que havia de especial no ovino era o modo como fora concebido. Pela primeira vez, um mamífero tinha sido clonado com êxito a partir de uma célula adulta. Dado que a célula em questão provinha de uma glândula mamária, baptizaram a cria com o nome de Dolly, numa alusão à cantora country Dolly Parton, generosamente dotada nesse aspecto.

O anúncio do nascimento desencadeou reacções opostas.
"Trata-se de um monstro ou de um milagre?", interrogava, em título, o jornal britânico Daily Mail.



Alguns cientistas mostraram-se entusiasmados com as implicações da experiência no tratamento de doenças degenerativas ou cancerosas, enquanto outros exprimiam o receio de que a nova tecnologia pudesse ser explorada para fins perversos como a clonagem de ditadores.

A ilustre ovelha morreu aos seis anos, no dia 14 de Fevereiro de 2003. A morte foi considerada prematura pois uma ovelha normal costuma viver entre dez a doze anos. A autópsia veio confirmar que a causa fora um adenocarcinoma pulmonar ovino, um tipo de cancro bastante comum nas ovelhas.


Os restos foram embalsamados e estão agora expostos no Royal Museum de Edimburgo.
O nascimento de Dolly abriu uma caixa de Pandora.
Dolly desencadeou o debate sobre a clonagem e a utilização de embriões clonados para extrair células estaminais (stem cells), as supercélulas que foram de imediato apresentadas como única esperança para tratar muitas das doenças que ainda são incuráveis.
O que ficou, passada uma década, da tempestade mediática e científica causada pela cordeirinha?
As esperanças continuam de pé, ou desvaneceram-se por completo?



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