quarta-feira, 20 de julho de 2011

Pesquisadores anunciam descoberta de dinossauro que viveu há 220 milhões de anos no RS...

Pesquisadores anunciam descoberta de dinossauro que viveu há 220 milhões de anos no RS...

Reconstituição do Pampadromaeus barbarebai, espécie de dinossauro que viveu há 220 milhões de anos no RS. O esqueleto do animal foi descoberto em 2006, em rochas no município de Agudo, mas sua descrição só foi concluída neste ano 



Pesquisadores brasileiros anunciaram na quinta-feira (24), em Canoas (14 km de Porto Alegre), a descoberta de uma nova espécie de dinossauro que viveu há 220 milhões de anos, o Pampadromaeus barbarebai.

O esqueleto do animal foi descoberto em 2006, em rochas no município de Agudo, na região central do Rio Grande do Sul, mas sua descrição só foi concluída neste ano.
O animal tinha um metro de comprimento por 50 centímetros de altura e era veloz, daí o nome Pampadromaeus, que quer dizer “corredor dos Pampas” em latim.
“Ele era parecido com uma ema e possivelmente tinha penas”, afirma o pesquisador Max Langer, do campus da USP de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), que participou dos estudos.
Apesar de veloz, foi do Pampadromaeus que se originaram os saurópodos, quadrúpedes pesados e lentos com pescoço comprido.
A espécie anunciada hoje era do período triássico, quando surgiram os primeiros mamíferos e carnívoros. Já os saurópodos são do período cretáceo (144 milhões de anos atrás).
Langer afirma que os Pampadromaeus tinham hábitos alimentares “generalistas” e provavelmente viviam em bandos.
De acordo com ele, animais parecidos já foram descobertos no Rio Grande do Sul e na Argentina, mas não da mesma espécie. “Este pode ser o mais primitivo de todos.”
O pesquisador afirma que a espécie descoberta chamou a atenção por ter características anatômicas do terópodos, bípedes carnívoros que têm no Tiranossauro rex e no Velociraptor seus representantes mais conhecidos.
A descrição do Pampadromaeus foi feita num trabalho conjunto de pesquisadores da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), universidades federais do Rio Grande do Sul e Minas Gerais e da USP. O nome do bicho é uma homenagem ao paleontólogo gaúcho Mario Costa Barberena, já aposentado.
A descoberta foi publicada no início do mês na revista científica alemã "Naturwissenschaften".

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