terça-feira, 21 de agosto de 2018

Arqueólogos encontram cemitério de sociedade igualitária de 5 mil anos.




CÍRCULOS DE PEDRAS PODEM SER VISTOS NA PLATAFORMA CENTRAL DO CEMITÉRIO, NO QUÊNIA, ÁFRICA (FOTO: KATHERINE GRILLO)

Pesquisadores encontraram o maior e mais antigo cemitério monumental da África Oriental de que se tem notícia. O sítio arqueológico Lothagam Pilar do Norte foi construído há cinco mil anos pelos pastores primitivos que viviam em torno do Lago Turkana, na região do Quênia.

Acredita-se que a população da área tivesse uma sociedade igualitária, sem hierarquia social estratificada. O formato amplo do cemitério contradiz as narrativas sobre as primeiras comunidades complexas, que sugerem que uma estrutura social estratificada é necessária para permitir a construção de grandes edifícios públicos ou monumentos.

Estudiosos estimam que pelo menos 580 indivíduos foram enterrados lá. Homens, mulheres e crianças de diferentes idades – de bebês a idosos – foram colocados na mesma área, sem que nenhum sepultamento tivesse tratamento especial. Além disso, todos foram enterrados com ornamentos pessoais, e a distribuição dos objetos foi relativamente igual em todo o cemitério. Para os arqueólogos, esses fatores indicam uma sociedade igualitária sem estratificação.

"Esta descoberta desafia as ideias anteriores sobre monumentalidade", explicou Elizabeth Sawchuk, da Stony Brook University, nos Estados Unidos. "Sem outras evidências, Lothagam fornece um exemplo de monumentalidade que não está ligada ao surgimento da hierarquia, forçando-nos a considerar outras narrativas de mudança social."



Publicada na revista Proceedings of National Academy of Sciences, a pesquisa indica que o Lothagam foi construído e usado entre cerca de 4,3 e 5 mil anos atrás. Os primeiros pastores levantaram uma plataforma de aproximadamente 30 metros de diâmetro e escavaram uma grande cavidade no centro para enterrar os mortos.

Depois que a cavidade foi preenchida e coberta com pedras, foram colocados grandes pilares megalíticos, alguns de até um quilômetro de distância, no topo. Círculos de pedra e moledros (montículos de pedras) foram adicionados nas proximidades.

"O Lothagam é o local monumental mais antigo da África Oriental, construído pelos primeiros pastores da região", informou Hildebrand. "Essa descoberta nos faz reconsiderar como definimos a complexidade social e os tipos de motivos que levam grupos de pessoas a criar uma arquitetura pública". 


ESCULTURA DE BOVINO FEITA DE PEDRA PELOS ANTIGOS HABITANTES DO LAGO TURKANA, NA ÁFRICA (FOTO: KATHERINE GRILLO)

Segundo os arqueólogos, Lothagam foi erguido durante um período de mudanças. O pastorismo acabara de ser introduzido na Bacia de Turkana e os recém-chegados que levavam ovelhas, cabras e gado teriam encontrado diversos pescadores e caçadores que já viviam ao redor do lago.

Além disso, os recém-chegados e os habitantes locais enfrentaram uma situação ambiental difícil, uma vez que as chuvas anuais diminuíram e o Lago Turkana reduziu em até 50%. Os primeiros pastores podem ter construído o cemitério como um lugar de união, para manter as pessoas informadas e unidas sobre as mudanças econômicas e climáticas.

"Os monumentos podem ter servido como um lugar para as pessoas se reunirem, renovarem laços sociais e reforçarem a identidade da comunidade", afirmou Anneke Janzen, do Instituto Max Planck para a Ciência da História Humana, na Alemanha. "A troca de informações e a interação por meio de rituais compartilhados podem ter ajudado os pastores a navegar em uma paisagem física em rápida mudança".

Depois de vários séculos, a pastorícia ficou obsoleta e o nível do lago Turkana se estabilizou. Foi nessa época que o cemitério deixou de ser usado.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

QUEIJO: VEJA ESTA DELÍCIA QUE TEM 3,3 MIL ANOS. "mumificado" pode ser o mais antigo do mundo já encontrado.

Alimento estava sólido, dentro de uma tumba egípcia, e pode conter bactéria de bovinos que causa doença nos humanos.





QUEIJO FOI ENCONTRADO DENTRO DE TUMBA DE AUTORIDADE EGÍPCIA (FOTO: COURTESY OF ENRICO GRECO, UNIVERSITY OF CATANIA, ITALY)

Pesquisadores encontraram o queijo mais antigo do mundo em Sacará, sítio arqueológico do Egito. O alimento estava em um grande depósito de potes de barro quebrados, dentro do túmulo de Ptahmes, que governou a cidade de Mênfis durante o reinado dos faraós Seti I eRamsés II. Acredita-se que a tumba tenha sido construída no século 13 a.C., o que faz com que ela e o queijo tenham cerca de 3,3 mil anos.


Arqueólogos da Universidade de Catania, na Itália, e d
a Universidade do Cairo, no Egito, tropeçaram no depósito durante uma escavação entre 2013 e 2014. Dentro de um dos recipientes, eles notaram uma massa esbranquiçada "solidificada". Além disso, eles encontraram um fragmento de tecido de lona – que provavelmente foi usado para preservar e cobrir o queijo. 

"A amostra atual representa o queijo sólido mais antigo até agora já descoberto", apontou o relatório da pesquisa, publicado na revista Analytical Chemistry. O estudo também indicou que o tecido sugere que o queijo era sólido quando foi enterrado ao lado de Ptahmes.



QUEIJO ERA UMA MISTURA DE LEITE DE VACA COM LEITE DE CABRA OU OVELHA (FOTO: COURTESY OF ENRICO GRECO, UNIVERSITY OF CATANIA, ITALY).

Para ter certeza disso, uma amostra do tecido foi dissolvida em uma solução que isola proteínas. A análise laboratorial revelou que o queijo continha cinco proteínas separadas encontradas no leite de Bovídeos (vacas, ovelhas, cabras e búfalos). Destas, duas eram de leite de vaca. Os pesquisadores concluíram que o produto era uma mistura de leite de vaca com leite de cabra ou ovelha.

Ainda segundo o teste, o queijo continha uma proteína associada à Brucella melitensis, bactéria que causa a doença Brucelose. A enfermidade é transmitida de bovinos para humanos por meio de leite não pasteurizado e carne contaminada. Os sintomas incluem febre intensa, náusea, vômitos e outros problemas gastrointestinais.

Se o queijo estiver realmente infectado com a bactéria Brucella, a descoberta se torna a "primeira evidência biomolecular direta da doença durante o período faraônico", conforme escreveram os pesquisadores. Mais estudos são necessários para dizer se a proteína veio realmente de um animal contaminado.

sábado, 18 de agosto de 2018

CONHEÇA O CARAMUJO GIGANTE CAPAZ DE FURAR PNEUS E DEVORAR CASAS.



O biólogo Robert Cowie, da Universidade do Havaí, conta que os primeiros exemplares do caramujo-gigante-africano (Lissachatina fulica) chegaram ao país na década de 1930 por meio dos imigrantes japoneses que queriam criar esses animais como bichos de estimação. Desde então, esse molusco acabou assumindo o controle ecológico e ganhando espaço na agricultura entre as espécies nativas da região.

Já na década de 1960, os caramujos-gigantes-africanos foram levados para os Estados Unidos de uma maneira quase inacreditável: de acordo com o site Wired, um menino que passava as férias no Havaí com a família acabou guardando consigo alguns exemplares do animal.

Nessa época, os caramujos já estavam sendo combatidos no Havaí e mal sabiam os americanos que eles logo se tornariam uma ameaça por lá também. De volta para casa, o menino logo se cansou dos moluscos e os entregou para sua avó, que acabou por soltar os caramujos no jardim. Como essa espécie se reproduz com muita facilidade, não é difícil imaginar a dimensão da situação que o menino inocentemente criou.



Fonte da imagem: Shutterstock

Campeões de reprodução

Além de serem hermafroditas, os moluscos africanos são, digamos, bons amantes. Assim fica fácil entender como a espécie conseguiu se espalhar pelo mundo inteiro. O biólogo explica que esses animais possuem os dois sexos e se adaptam de acordo com a situação. Em alguns casos, eles conseguem até mesmo cruzar reciprocamente.

Uma vez fertilizado, o caramujo enterra centenas de ovos a alguns centímetros da superfície do solo. Por causa do tamanho impressionante da espécie – que pode chegar a medir 30 centímetros e pesar quase meio quilo –, os pequenos moluscos nascem maiores do que as espécies nativas, o que representa uma vantagem contra os predadores.

Porém, enquanto o animal se multiplica rapidamente, o seu combate é muito mais demorado. A Flórida precisou de sete anos para erradicar os caramujos e em alguns países simplesmente não é possível controlar o número de animais.


Fonte da imagem: Reprodução/Metro
Uma nova infestação

A má notícia é que em 2011 ocorreu uma nova infestação na Flórida. Desta vez, não foi nenhuma criança adorável quem carregou os animais de volta para o território americano, mas sim praticantes de religiões ligadas ao vodu. Dá pra acreditar?

Cowie explica que o muco do animal é utilizado em alguns rituais e ele suspeita que os praticantes tenham soltado os caramujos na região de Miami para que eles pudessem se reproduzir livremente. Embora o animal seja usado em rituais de cura, existem relatos de que as pessoas que ingerem o muco do molusco passam violentamente mal.

Independente de quem seja a culpa, a nova infestação preocupa as autoridades competentes. Para termos uma ideia da dimensão do problema, estima-se que os agricultores tenham recolhido 137 mil caramujos nos últimos dois anos. Em termos de comparação, apenas 17 mil animais tinham sido coletados na década de 1960.


Fonte da imagem: Shutterstock
O impacto ambiental

Hoje, os moradores de Miami são obrigados a conviver com essas criaturas que causam uma série de transtornos. Além de se alimentarem de 500 tipos de plantas economicamente relevantes na região, os moluscos gigantes estão começando a devorar as casas, preferencialmente aquelas cujo acabamento contém cálcio, que é a substância que eles mais precisam para manter seu crescimento e fortalecer suas conchas. Ou você pensou que era fácil manter o corpinho em dia quando se é um caramujo gigante?

Se isso já não fosse o bastante, esses animais também estão atrapalhando a vida dos motoristas, que precisam ter cuidado redobrado ao dirigir por áreas infestadas. Por causa de suas conchas grandes, fortes e pontiagudas, elas acabam furando os pneus dos veículos que passam por cima delas. Todos esses problemas estão fazendo com que o estado da Flórida desembolse milhões de dólares na tentativa de combater os animais.

Talvez você tenha imaginado que incluir esses animais na alimentação seria uma boa saída para diminuir o número de exemplares soltos na cidade. De fato, os caramujos-gigantes-africanos podem ser consumidos, mas eles precisam ser extremamente bem cozidos para eliminar o risco de doenças, já que essa espécie é hospedeira natural do parasita que causa meningite. Ainda existem casos de pessoas que ingerem o animal inadvertidamente, afinal, eles estão presentes em muitas plantas que também fazem parte da nossa alimentação.

Agora, o que realmente não deve ser feito é jogar sal em cima do molusco. A osmose faz com que o animal desidrate e morra de maneira cruel. Os moradores que encontrarem caramujos são orientados a utilizar venenos específicos ou reportar às autoridades competentes.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

NÃO SE ENGANE, AINDA É TEMPO! TOP 5 coisas que são tão mortais quanto o cigarro, segundo a ciência.




O tabagismo é um dos hábitos menos saudáveis do mundo. Embora esteja caindo em uma taxa surpreendente no mundo, especialmente nos EUA, ele está sendo substituído por outros hábitos insalubres e quase tão mortais quanto o cigarro.

Abaixo você confere uma lista destes fatores, segundo informações da respeitada Business Insider:



– Solidão
O crescimento do uso das redes sociais e redução do contato pessoal levaram o ex-cirurgião-geral Vivek Murthy a rotular a solidão como uma epidemia mundial, o que pode ser fatal.

A professora de psicologia Julianne Holt-Lunstad, da Universidade Brigham Young, descobriu em sua pesquisa que a solidão reduz o tempo de vida das pessoas, o equivalente a fumar 15 cigarros por dia.






De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) a privação do sono é um problema de saúde pública, uma vez que afeta cerca de 50 a 70 milhões de pessoas no país.

O professor Valery Gafarov, da Organização Mundial da Saúde (OMS), observou em 2015 que a insuficiência de sono aumenta o risco de derrame e ataque cardíaco em graus semelhantes ao consumo regular de cigarros.

“O sono ruim deve ser considerado um fator de risco modificável para doenças cardiovasculares, além de tabagismo, falta de exercícios e dieta ruim“, acrescentou.

4 – Bronzeamento artificial



O bronzeamento artificial pode até parecer uma versão mais controlada do banho de sol comum. No entanto, ambos são perigosos quanto fumar.

Em 2014, os pesquisadores determinaram por meio de um estudo publicado no periódico JAMA que o bronzeamento artificial levou a mais casos de câncer de pele do que o câncer de pulmão.

5 – Dieta insalubre


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Um grande corpo de evidências descobriu que alimentos açucarados e processados ​​ricos em gorduras saturadas podem aumentar os ricos de doenças potencialmente fatais a taxas semelhantes, se não maiores, do que fumar.


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Em 2016, por exemplo, pesquisadores estudaram os riscos de mortalidade causadas por dietas insalubres e concluíram que as taxas de mortalidade excederam as de álcool, drogas, sexo desprotegido e tabaco combinados.


PENSE, DECLARE SEU AMOR A VOCÊ MESMO!
PENSOU? 
DECIDA. TOME UMA ATITUDE, POLICIE-SE!
FAÇA A SUA FELICIDADE SE PROLONGAR (SAÚDE).
TODOS QUE CONVIVEM CONTIGO E TODOS QUE TE AMAM AGRADECEM!

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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

TOP 6 das moedas mais valiosas do mundo.

TOP 6 das moedas mais valiosas do mundo...



O dinheiro, como conceito, é algo muito estranho. Normalmente, os materiais usados para produzi-lo, seja papel ou metais, velem apenas uma fração do valor que é impresso ou gravado em sua face. No entanto, por vezes, graças à raridade causada por acaso histórico, erros de cunhagem ou impressão, o dinheiro acaba valendo muito mais do que seu valor nominal.

Dito isso, na lista abaixo, publicada pela Mental Floss, você confere um TOP 5 com as moedas mais valiosas do mundo:



4 – Dobrão de Brasher: R$ 28 milhões




Ephraim Brasher foi um talentoso ourives que pediu permissão ao Estado de Nova York para cunhar um novo conjunto de moedas em cobre em 1787. Embora seu pedido tivesse sido negado, Brasher ignorou a decisão do estado e decidiu cunhar as moedas por conta própria, feitas principalmente de bronze. Uma delas foi um dobrão comprado por uma empresa de investimento de Wall Street, avaliada em R$ 28 milhões.

3 – Saint-Gaudens Double Eagle: R$ 28,7 milhões



Um homem chamado Augustus Saint-Gaudens apresentou aos EUA um projeto comercialmente complicado para a produção de uma nova moeda. Após algumas modificações, entre elas a cunhagem da frase “In God We Trust”, feita por Charles Barber, funcionário da Casa da Moeda, o Congresso apoiou a comercialização. Embora a moeda tenha passado pela produção, hoje é incrivelmente rara.

2 – 1933 Double Eagle: R$ 28,7



Um exemplo de uma moeda que tem seu valor devido a peculiaridades históricas é a Double Eagle de 1933, que, embora tenha sido cunhada, nunca foi divulgada publicamente. A história conta que à época Franklin D. Roosevelt impediu que cidadãos norte-americanos possuíssem ouro, em uma tentativa de acabar com a crise bancária que assolava os EUA na década de 1930. Cerca de vinte moedas “escaparam” e atualmente valem muito mais do que seu valor nominal, que era de apenas 20 dólares.

1 – Cabelos ao vento: R$ 37,7 milhões



Consegue imaginar uma moeda de apenas um dólar valendo quase R$ 40 milhões. Esse é a caso da primeira moeda de dólar emitida pelo governo federal dos EUA. Em 1794 e 1795, moedas de 10% cobre e 90% prata foram cunhadas pela recém-fundada Casa da Moeda Federal dos EUA. Trazendo o famoso busto da Liberdade, com cabelos fluidos, a lembrança histórica pesou mais do que o valor nominal da peça. Em janeiro de 2013, um dólar do tipo foi vendido por US $ 10 milhões.

[ Mental Floss ] [ Fotos: Reprodução / Mental Floss ]