
Estima-se que cerca de 125 mil pessoas morram todos os anos em detrimento de picadas de cobras.
Isso ocorre porque os antídotos – os chamados soros antiofídicos – normalmente só funcionam para as espécies mais comuns encontradas em determinadas regiões. Por este motivo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) acrescentou a picada de cobra à lista de doenças tropicais mais negligenciadas.
Por outro lado, um antídoto capaz de proteger contra todas as picadas de cobras mortais poderia estar no horizonte, devido a um avanço feito por cientistas britânicos.

De acordo com o Daily Mail, pesquisadores da Escola de Medicina Tropical de Liverpool, na Inglaterra, estão próximos de desenvolver uma droga “milagrosa” que permitiria aos médicos tratar todas as vítimas, mesmo sem saber qual a espécie responsável pelo problema.
Basicamente, eles identificaram a cura a partir do veneno de uma víbora do gênero Echis, que inclui algumas das espécies mais perigosas do mundo e responsáveis pela maior parte das mortes de seres humanos.
Em experimentos feitos em laboratório com sangue e camundongos, os pesquisadores verificaram que o mesmo antídoto funcionou para uma quantidade de cobras potencialmente letal. “Este trabalho é extremamente excitante e esperamos que forneça uma base para analisarmos o soro antiofídico de uma nova maneira”, disse o Dr. Stuart Ainsworth, principal autor do estudo.

Em vez de olhar para o problema geograficamente, a equipe de Liverpool decidiu se concentrar nos sintomas causados por um grande número de venenos diferentes.
“Tradicionalmente, ao produzir um antídoto que poderia tratar picadas de diferentes cobras, o fizemos de um ponto de vista geográfico”, explicou. “No entanto, mostramos agora que pode ser mais proveitoso permitir aos clínicos uma oportunidade de tratar os sintomas que observam sem ter conhecimento das espécies exatas das cobras envolvidas“.
Tais cobras venenosas são classificadas em quatro categorias, de acordo com a forma com que atacam o sistema circulatório ou nervoso. As categorias incluem a coagulação sanguínea anormal, hemorragia, neurotoxicidade (que danifica o sistema nervoso causando paralisia) e citotoxicidade (a mordida mata as células e destrói o tecido).
A equipe, cujas descobertas foram publicadas na revista Communications Biology, descobriu que alguns antídotos podem impedir a coagulação do sangue causada por mais de um tipo de cobra. Agora, a esperança dos pesquisadores é avançar ainda mais neste ramo de pesquisa para descobrir se a mesma droga poderia ser feita para combater os diferentes efeitos causados por diferentes tipos de venenos.
“Cada área geográfica tem enorme diversidade nos tipos de cobras venenosas que causam diferentes patologias“, disse o autor sênior do estudo Nick Casewell.
O Dr. Casewell acrescentou ainda que a ciência pode “tornar os tratamentos de picada de cobra mais acessíveis para as vítimas de regiões menos favorecidas do mundo, que sofrem mais com o problema“.

Vivemos em uma sociedade erigida sob os pilares do egoísmo e da individualidade. Desse modo, torna-se difícil seguir o mandamento cristão de – “Ama o teu próximo como a ti mesmo”. Essa caridade, como pregava Rousseau, parece impossível diante das circunstâncias dadas. Assim, se é quase impossível amar o próximo como a si mesmo, qual a possibilidade mais plausível para a modernidade líquida?
Para Conte-Sponville, a possibilidade de solução encontra-se na doçura. A doçura não visa atingir a máxima sublime rousseauniana de – “Faz ao outro o que queres que ele te faça” – mas sim, de na impossibilidade de fazer o bem, pelo menos não fazer o mal. Falando assim, parece pouco, entretanto, quantas lástimas seriam impedidas se houvesse doçura? Isto é, se o ser humano ao agir respeitasse os limites do outro, a maior parte das discórdias e cóleras seriam evitadas.

No entanto, ao expandir-se o homem, não só é despiedoso, como desconsidera qualquer possibilidade que possa fazer mal ao outro. Ao buscar o seu prazer, o indivíduo desconsidera o mal que faz ao outro. Parece, inclusive, regozijar-se com o mal produzido e com a sua opressão. Goethe chega a dizer: “Infeliz daquele que usa do seu poder sobre um coração para abafar as ingênuas alegrias que nele nascem espontaneamente”. Ou seja, se não fazes o bem, não ouse fazer o mal de abafar a alegria de alguém.

A doçura, dessa forma, é a virtude que impede que sejamos os infelizes relatados por Goethe. É a benignidade de Montaigne, que visa uma vida que se recusa a fazer sofrer, destruir e devastar. É a ação contemplativa, respeitosa para o que nos cerca, de modo que não concorremos para o fim daquilo que não necessariamente seja fruto da nossa felicidade. Nem todas as pessoas, por exemplo, gostam de animais, assim, não é imprescindível que todos tratem os animais de forma carinhosa, bem como, não autoriza que alguém os maltrate. Dito de outro modo, agir com doçura não significa agir do modo mais belo e sim da forma que faça menos mal.Obviamente, a doçura é muito mais simples que a caridade e, portanto, mais fácil de ser executada, assim como, mais necessária, pois, há a possibilidade de viver sem caridade, todavia, sem doçura é impossível. Embora seja mais fácil, o que percebemos é que a doçura é quase tão difícil de ser exercida quanto à caridade. Como dito, os homens parecem sentir prazer com o mal que produzem no outro. A tranquilidade ou a felicidade de outrem sem a nossa participação parece ser intragável, é o que atenta também Goethe – “Quando vemos algumas pessoas felizes, sem que para isso tenhamos concorrido, a felicidade nos é insuportável”.

Sendo assim, um modo de vida virtuoso passa pela doçura, em que ao agirmos levamos em consideração a existência do outro. Não concorrer para o mal já é de grande valia, pois não adianta viver a hipocrisia de ajuda ao próximo, de caridade, se na maior parte do tempo só pensamos em nosso próprio umbigo.
Antes de ajudar, é preciso não atrapalhar. Antes de fazer o bem, é preciso não fazer mal. E para não fazer mal a alguém e conseguir alegrar-se com a felicidade do outro é necessário ser doce, pois só estes entendem a importância de fazer o próprio bem com o menor mal possível aos outros.

Dizia Platão que o corpo é a prisão da alma. Porque às vezes, em vez de ser nosso aliado, é o mensageiro de algo que dói, de algo que não corre bem. Assim, e caso você já tenha se perguntado como as emoções afetam as costas, a resposta não pode ser mais clara: elas causam contraturas, tensões e dores que os medicamentos nem sempre aliviam.

Falar de dor nas costas é referir-se a uma das condições mais comuns da população, junto com as dores de cabeça. Estima-se que uma em cada dez pessoas sofra com frequência e que seja, também, uma das principais causas de licença médica. Por outro lado, e apesar de esta doença geralmente ter as mais diversas origens: má ergonomia no trabalho, hérnias, problemas renais, osteoporose, artrite, degeneração de disco, etc., há um aspecto que é frequentemente negligenciado.
Qualquer doença mental e desconforto emocional pode levar ao surgimento de doenças físicas, sendo as costas a área do corpo mais afetada.
Falamos, é claro, da relação mente-corpo. Especialmente das emoções e de seu impacto nessa complexa mas fantástica combinação de ossos, ligamentos, tendões, músculos, espaços intervertebrais, articulações e nervos. Fatores como o estresse ou a ansiedade provocam pequenas alterações nessas estruturas que, pouco a pouco, resultam em inflamação, em problemas de coordenação e em episódios marcados pela dor que tanto afeta a nossa qualidade de vida.
O modo como as emoções afetam as costas é tão variado quanto surpreendente. Há especialistas que não têm preconceito quando se trata de apontar que a coluna vertebral é o suporte não apenas de nossas cargas físicas, mas também das emocionais. As costas são como o pilar da nossa existência, e não falamos em termos espirituais ou transcendentais. Temos apenas que lembrar sua função estrutural: proteger e cobrir nosso delicado sistema nervoso.

Sentir dor lombar, sofrer uma contratura, ou o que é pior, sofrer de dor crônica nas costas paralisa a própria funcionalidade, obriga-nos a parar. A dor é, acima de tudo, como aquele cão fiel que fica na frente da nossa casa e que late quando há um perigo. Silenciá-la com medicamentos não ajudará se não soubermos a causa, se não encontrarmos o que está ameaçando o “pilar do nosso corpo”, o equilíbrio de nossa existência física.
A tristeza, a preocupação e o estresse e sua relação com as costas
Por mais impressionante que possa parecer, a dor nas costas costuma ser um dos sintomas físicos mais comuns em pacientes com depressão ou ansiedade generalizada. Assim, é comum ver pessoas passando por uma jornada de fisioterapeutas e especialistas em coluna vertebral sem encontrar alívio, sem encontrar um remédio para essa dor recorrente nas costas. Até que, finalmente, recebam o diagnóstico correto por um psicólogo ou outro profissional da saúde mental.
Não podemos esquecer que a dor é, acima de tudo, uma sensação neurológica transmitida pelo nosso sistema nervoso. Assim, nos estados caracterizados pela angústia, o medo, o desapontamento ou o desânimo que há em nosso cérebro é um desequilíbrio químico. Uma irregularidade entre a serotonina e a noradrenalina causa, por exemplo, um aumento na percepção da dor.
Por sua vez, os estados caracterizados pelo estresse ou pela ansiedade se traduzem em um maior nível de cortisol no sangue. Este hormônio aumenta o fluxo sanguíneo, aumenta a tensão muscular e até facilita o aparecimento de certos processos autoimunes que podem atacar as articulações, favorecer a inflamação dos nervos e até reduzir o cálcio dos nossos ossos.

A dor emocional e a dor nas costas
Natação, anti-inflamatórios, relaxantes musculares… Nenhuma dessas abordagens funciona quando a pessoa que sofre de dor nas costas sofre, na realidade, de dor emocional. Tal como explica um artigo da revista Psychology Today, o sofrimento emocional é o indicador de que alguma parte do nosso ser está quebrada, fragmentada. Essa lesão invisível geralmente se somatiza sob a forma de dor nas costas, dores de cabeça, problemas digestivos…
O Centro Médico da Universidade de Duke, por exemplo, é especialista no tratamento desses tipos de condições. O Dr. Benson Hoffman explica que quase 80% de nós sofremos, em algum momento, de dor lombar. Trata-se da condição mais comum e que viria a mostrar como as emoções afetam as costas e, em particular, como o sofrimento emocional associado à tristeza ou ao desapontamento está localizado nessa área do nosso corpo.
O assunto, sem dúvida, é tão fascinante quanto revelador.
O modo como as emoções afetam as costas dependerá sempre da nossa capacidade de administrar as preocupações e as tensões cotidianas que escolhemos esconder em vez de desabafar.
Como prevenir e tratar a dor nas costas associada às nossas emoções?
Visualizemos por um instante uma imagem. Imaginemos a nós mesmos com um arco nas costas, um arco cheio de flechas preparadas para destruir a dor, para lidarmos melhor com isso e para nos defendermos do que pode se aderir a nós para se transformar em sofrimento.

Uma maneira de obter um arco bem equipado é através da terapia debiorretroalimentação. Trata-se de uma prática em que o paciente aprende a melhorar sua saúde, tornando-se mais consciente de aspectos como a pressão arterial, a frequência cardíaca ou a tensão muscular. Consiste basicamente em treinar o cérebro para trabalhar a nosso favor, tomando consciência de processos que anteriormente não levávamos em consideração.
Por outro lado, a terapia cognitivo-comportamental surge, por sua vez, como outro enquadramento muito apropriado para ter um maior controle de nossos pensamentos, gerenciar as emoções e propiciar comportamentos mais adequados e benéficos para nós.

O modo como as emoções afetam as costas é mais do que evidente. Portanto, não devemos desistir de tentar diferentes técnicas para encontrar a que melhor se adapta às nossas características. A Associação Americana de Dor Crônica recomenda desde aumentar em nossa dieta os alimentos ricos em vitamina B, até fazer uso das chamadas técnicas de desvio, que significa usar imagens guiadas, aromas e até mesmo músicas para aprender a desviar a dor.

Já sabemos como as emoções afetam as costas. Sabemos que a mente tem um vínculo direto com nosso corpo e que o cérebro orquestra esse controle às vezes implacável, no qual qualquer preocupação, raiva ou problema não resolvido fará de nossas costas uma sala de tortura particular.
Aprendamos a prevenir, cuidemos das nossas emoções tanto quanto da nossa dieta e nunca nos esqueçamos do “movimento”. Um corpo que se move e uma mente que sabe desabafar de vez em quando também são fundamentais para a saúde.

Imagine um banco que credita na sua conta R$86.400 à meia-noite, logo na virada de um dia para outro. Você tem todo esse dinheiro para gastar, mas no fim do dia a conta é zerada. O saldo não passa para o dia seguinte. O que você faria? Deixaria o dinheiro no banco, ou iria à boca do caixa e retiraria até o último centavo assim que o banco abrisse? Acontece que esse banco existe, todos os habitantes do planeta têm essa conta, mas o crédito é feito a cada dia em segundos. Você tem diariamente exatamente 86.400 segundos para usar a cada 24 horas e o saldo não é transferido para o dia seguinte. Ricos, pobres, americanos, brasileiros, europeus, árabes, eslavos, asiáticos – todas as pessoas de todas as nacionalidades e de todas as classes sociais têm exatamente a mesma quantidade de tempo, dia após dia para as atividades da vida. E não é uma conta especial – a conta não admite ir além do saldo. O único investimento válido é aquele que é produtivo para a sua vida, de alguma forma. Você tem que aplicar esses segundos em algo que valha alguma coisa, que faça diferença em sua vida. E você também, nessa conta, não pode tomar emprestado de outra pessoa.
Tempo, o grande equalizador. Assim é o tempo: o único ativo que é igual para todos na face da terra. Algumas pessoas têm mais beleza do que outras; outros têm talento acima da média; alguns têm mais oportunidade ou condição social melhor do que outros – mas o tempo nos nivela a todos. Ninguém tem mais tempo por dia do que a pessoa ao seu lado. Por isso ele deve ser utilizado com sabedoria e é exatamente ele que pode significar a nossa ascensão, ou o nosso declínio nas nossas jornadas, quer seja na vida estudantil, quer seja em nossas carreiras, ou até em nossos relacionamentos. É dentro do tempo que recebemos que definimos também os nossos destinos últimos, na vida – a nossa eternidade. Uma das expressões mais comuns é: “não tenho tempo”, mas a realidade é que todos nós temos tempo, o mesmo tempo. Por que uns conseguem utilizá-lo adequadamente e outros não?
O tempo não pode ser desperdiçado, não deve ser perdido. E isso é uma realidade na vida de todos. Você mesmo, com certeza, já utilizou outra expressão: “Perdi o meu tempo” – quando avaliou alguma experiência na qual julgou que o investimento do seu tempo, de sua vida, não contribuiu em nada, não valeu a pena. Percebe como essa situação revela uma equação incontestável? Tempo = Vida.
Benjamin Franklin escreveu: “Tempo perdido, nunca é achado”. Ou seja, o sentimento é sempre de frustração, de nostalgia, de perda, mesmo. Por mais que você se esforce para recuperar “horas perdidas”, não conseguirá, pois terá de aplicar mais horas para realizar o que deixou de fazer, enquanto “perdia o seu tempo” com algo que “não valeu a pena”. Perda, nessa questão do tempo, é perda irreparável, para a vida toda, o tempo não é reciclável e simplesmente some de sua vida.
Normalmente não damos muito valor ao tempo, ou aos seus marcadores: segundos, minutos, horas, dias, meses, anos. Vamos levando a vida sem pensar nessa questão, até como se fôssemos viver para sempre. Mas cada intervalo de tempo tem um valor inestimável. Reflita:
• Para aferir o valor de um ano – pergunte a um colega seu que foi reprovado – ou pode ser até que essa sensação faça parte de sua vida. Tudo que aconteceu durante todo um ano que passou, terá que ser repetido, para que a vida estudantil continue, mas o tempo aplicado não será recuperado.
• Para aferir o valor de um mês – pergunte a uma mãe de um bebê que nasceu prematuramente. Quanta diferença nos cuidados e apreensões faria mais um mês de gestação, tanto para a mãe como para a criança.
• Para aferir o valor de uma semana – fale com o editor de uma revista semanal. Note como ele valoriza cada fração de tempo daquela semana, pois o ciclo se fecha e se repete com uma enormidade de trabalho a ser realizado dentro de tão pouco tempo.
• Para aferir o valor de um dia – fale com uma diarista que depende do salário daquele dia para colocar comida na boca dos filhos. Se ela perde aquele dia, não recebe o seu pagamento.
• Para aferir o valor de uma hora – pense como ela passa rápido quando você está com a sua namorada, ou como ela demora a chegar, quando você a está esperando em um encontro marcado.
• Para aferir o valor de um minuto – pergunte a alguém que perdeu um voo porque chegou “apenas” um minuto após a porta de embarque ter fechado.
• Para aferir o valor de um segundo – pergunte a algum atleta que deixou de ganhar o primeiro lugar por que o oponente chegou “apenas” um segundo na frente dele, ou até com uma fração decimal, centesimal, ou milésima de um segundo.
A preciosidade do tempo. A realidade é que o tempo é tão precioso que uma vida que dura quatro minutos pode ter um impacto fenomenal em inúmeras pessoas. Isso aconteceu com o bebê Isaac Joseph Schmall, que nasceu em 10 de novembro de 2008. Seus pais sabiam que a gravidez era problemática. O bebê Isaac tinha uma doença rara chamada Trissomia 18, ou Síndrome de Edwards. Isso quer dizer que em cada célula do seu corpo ele tinha uma cópia extra do 18º cromossomo. Três cromossomos, em vez dos dois existentes em uma concepção e desenvolvimento normal. Bebês com essa deficiência geralmente não sobrevivem o período de gestação, alguns falecem após o parto.
Isaac morreu 4 minutos após o nascimento. Seus pais o tiveram em seus braços nesse curto período de tempo. John Schmall, o pai, descreveu o impacto da notícia, as agruras do acompanhamento da gravidez, e, principalmente, a emoção de tê-lo nos braços por aquele pequeno espaço de tempo em um texto que tem rodado a Internet: “Quatro minutos que mudaram a minha vida para sempre”! John descreveu como esses quatro minutos mudaram a sua perspectiva de vida dali em diante. Mais recentemente, em 2013, sua esposa indicou o efeito causado nela por aqueles minutos e por aquela pequena vida, com um longo texto, publicado no blog do esposo. Nele ela escreveu:
Isaac viveu por quatro minutos, mas o impacto que ele causou nesse espaço de tempo é palpável. Deus me deu 35 anos de vida. Isso faz com que eu queira extrair o máximo desses anos. Desperto todos os dias agora e agradeço a Deus por me dar mais um dia de vida, no qual posso desfrutar de minha família, do meu trabalho, da minha igreja, de minha cidade e, principalmente, do meu relacionamento com Ele.
O relato dos pais de Isaac tem tocado vidas ao longo dos anos e canalizado recursos e esforços para a Fundação Trissomia 18, que estuda a enfermidade. O valor que eles conseguiram enxergar nesses 4 minutos de vida é um testemunho à preciosidade do tempo.
Tempo perdido, oportunidades perdidas. Ao longo da vida encontramos muitas oportunidades e portas que se abrem. Elas podem ser ganhas com tempo aplicado adequadamente, ou perdidas, com tempo desperdiçado em coisas inúteis. Essa é uma realidade especialmente na vida de estudantes universitários. Quantas oportunidades existem! Muito a aprender nos cursos da carreira escolhida; amigos novos, vários com interesses comuns aos seus; eventos culturais; feiras e eventos, de recrutamento, estágios; “empresas júnior” e incubadoras, nas quais eles já podem começar os primeiros passos na profissão; locais de descanso e de estudo, alguns bem aprazíveis, no meio da metrópole de concreto. Mas na realidade, as oportunidades existem também para desperdiçarmos tempo, e elas parecem brotar do solo a todo instante.
Se tivéssemos sempre os pés bem firmados em princípios e valores eternos e conseguíssemos compreender bem que o que fazemos no presente afeta o nosso futuro, saberíamos que podemos também criar oportunidades, com nossa atitude (não é só esperar que elas surjam à nossa frente). Mas, especialmente, que nunca deveríamos perder tempo. Cada minuto conta, cada hora é valiosa, mas parece que somos especialistas em desperdiçá-las. E nesse processo podemos ser tão intensos que corremos o risco de estragar a vida inteira. Veja a seguir algumas situações em forma de depoimentos que refletem situações nas quais perdemos tempo – Você se vê em alguma dessas situações?
• Vivo conectado o tempo todo, surfando na Internet, em mídias sociais. Na realidade, não consigo parar dois minutos sem pegar meu smartphone, e quando percebo, já passei 20 minutos trocando mensagens bobas.
• Tenho umas amizades que não são lá muito boas e como elas sugam meu tempo! Não consigo dizer não e indicar que tenho coisas realmente importantes para fazer, e passo horas só batendo papo, que não tem nada a ver com o que eu deveria estar envolvido.
• Não consigo dormir cedo. Acho que estou até “ganhando tempo”, não dormindo, mas na realidade fico inventando coisas para ver ou fazer e estou mesmo é roubando tempo do descanso. No dia seguinte, perco tempo com a sonolência constante e fico meio “desligado” por um bom tempo, quando deveria estar com o corpo descansado e a mente aguçada, para absorver conhecimento – afinal, estou na escola!
• Sei que tenho deveres, tarefas, trabalhos de escola, mas fico empurrando tudo para frente (adiando), achando que “vou conseguir dar um jeito” e terminar tudo a tempo. Perco tempo com coisas sem foco nos meus trabalhos e fico agoniado, pois sei que o professor não vai adiar o prazo.
• Não consigo me organizar ou sistematizar minha rotina e dar prioridade às coisas que tenho de fazer. Porque sou desorganizado, levo mais tempo achando as coisas, os lugares, as pessoas, perco compromissos. No fim do dia acho que não fiz nada de útil. Vivo fazendo só o que é urgente, mas no final, tudo vira urgente!
• Adoro festas, companhia barulhenta, os barzinhos da redondeza. Às vezes mato a primeira aula – afinal todos chegam atrasados, não é? Ou saio antes do final, mas vou, junto com a “turma” para o bar. Bebo demais. Lá em casa nem sabem que estou usando algumas drogas. No dia seguinte estou um lixo – nem consegui dormir, “vidrado”. Nem sei o que fiz, ou que deixei que fizessem comigo enquanto eu estava chapado. Estou moído e nem sei quem me bateu. Não consigo me concentrar em nada. Até quando estou na classe estou perdendo o que está sendo dito. O que vou fazer na prova final?
• Sou vidrado em videogames. Só penso nisso; todo o meu tempo livre, acho uma maneira de jogar. Não vou bem na classe, não encontro tempo para estudar.
Cada uma dessas situações significa perda de tempo, e assim você vai desperdiçando a vida, mesmo se se enquadra minimamente em alguma delas. Você pode ir até se enganando, achando que está aproveitando o tempo, aproveitando a vida, em coisas que não constroem, mas antes que você se aperceba, pode esbarrar na expressão inevitável e imutável: “Game Over”! A brincadeira um dia termina e a conta do pedágio pode ser alta demais e impagável.
Algumas filosofias, como o existencialismo, ensinam que o que importa é o aqui e o agora. Mas será? Esse pensamento sempre esteve presente na história da humanidade, e muitos, realmente, acham que a postura de vida deve ser: “comamos e bebamos, porque amanhã morreremos!”. Quem pensa assim realmente compreende que a vida é curta. No entanto, acha que “aproveitar a vida” não é sorvê-la cuidadosamente, com as prioridades bem aguçadas, prosseguindo avante com um propósito bem definido, mas é exatamente o contrário. “Viver intensamente” para algumas pessoas significa desperdiçar a vida com as coisas que, aparentemente, satisfazem as sensações e trazem prazer – sem quaisquer referências éticas, mas que nos levam a gastá-la com o aqui e agora. É a atitude que nos levará, no futuro, a lamentar o “tempo perdido”, as oportunidades jogadas fora, o desperdício da própria vida.
Quando falamos de “não perder tempo”, não queremos dizer que todo lazer é perda de tempo. Deus nos fez criaturas que precisam do descanso e do lazer. Não devemos ser escravos do relógio, mas ele é o grande aliado para que tracemos a proporção correta entre os diversos aspectos de nossa vida. Precisamos de tempo para o cuidado pessoal, para a família, para os relacionamentos, para os estudos, para adoração; enfim, tudo na proporção e prioridade corretas. Devemos, também, ter a consciência de que, nas diferentes fases da vida, alguns aspectos devem receber a prioridade. Por exemplo, estudantes têm que priorizar os estudos, pois ele é fundamental para as fases seguintes da vida. A questão é que não podemos transformar a diversão na prioridade de nossas vidas e muito menos nos deixarmos levar pela dissolução social e moral.
O conselho de um grande acadêmico, sobre o tempo. O grande filósofo, erudito e pregador Jonathan Edwards – fundador da Universidade de Yale –, escreveu sobre o tempo,[1] em dezembro de 1734. Seus pensamentos seguem, a seguir, resumidos. Ele coloca quatro razões por que o tempo é precioso:
1. Porque é neste tempo que ajustamos nossa vida para a eternidade, com o Criador.
2. Porque ele é curto. É uma comodidade escassa. Quando comparado não somente à eternidade, mas à própria história da humanidade, nossa vida é apenas uma pequena marca nela. (o que é a vossa vida?)
3. Porque é impossível termos certeza de sua continuidade. Podemos perder a nossa vida repentinamente, por mais jovens que sejamos.
4. Porque depois que ele passa não pode ser recuperado. Muitas coisas que temos, se perdidas, podem ser recuperadas, mas não o tempo perdido.
Por isso ele conclama aos seus leitores que reflitam sobre tempo que passou. Em como ele foi desperdiçado e que coisas poderiam ter sido realizadas. O que você fez com todos os anos e dias que você recebeu de Deus? Ele termina indicando que, em geral, não prestamos muita atenção à preciosidade do tempo. Não damos muito valor a isso. Edwards continua dizendo que essa valorização só vem tardiamente e pergunta: quanto poderíamos aproveitar se tivéssemos essa percepção aguçada o tempo todo? Ele indica várias formas de como perdemos tempo e desperdiçamos a vida:
1. Muitos desperdiçam o tempo fazendo nada, acometidos de uma preguiça renitente.
2. Outros desperdiçam o seu tempo em bebedeiras, em bares, abusando de seus corpos em atividades que lamentarão consideravelmente anos após, se sobreviverem aos próprios desmandos a que se submetem, angariando para si pobreza, em todos os sentidos...
3. Alguns desperdiçam o tempo fazendo o que é mau, o que é reprovável, o que prejudica o próximo. Passam o tempo sugados pela dissolução moral, maquinando corrupção, fraude; afundando-se na ilusão de que poderão levar vantagem em tudo.
4. Por último, um grande número desperdiça o tempo e a vida tentando “ganhar o mundo”, progredir na carreira, avançar na vida, angariar mais e mais bens e coisas materiais, mas esquecidos das questões eternas e da nossa própria eternidade. Negligenciando as coisas de Deus, a nossa vida espiritual, a nossa necessidade de Salvação do pecado que nos rodeia e que está em nós, e que só é encontrada em Cristo Jesus.
Finalmente, Edwards nos relembra que todos nós teremos de prestar contas a Deus pelo tempo que recebemos dele. O que fizemos com ele? E, assim, conclama a que nos esforcemos para fazer cada segundo, minuto ou hora de nossas vidas, contar positivamente. Em vez de nos desencorajarmos pelo tempo perdido, ou ficarmos deprimidos por nossos desperdícios, aprendamos com os erros do passado, para darmos o rumo certo aos nossos passos futuros.
As palavras de Edwards não parecem ter sido escritas há 280 anos, não é mesmo? Na época dele não havia computador, nem baladas, nem raves, nem mídia social. O álcool já fazia os seus estragos, mas era a maior droga disponível (hoje temos drogas muito mais destrutivas do cérebro e da saúde em geral). No entanto, ele sabia bem o que era “perder tempo” e desperdiçar a vida. A natureza humana continua a mesma. Os alertas continuam válidos. Vamos parar de perder tempo e vamos cuidar bem da nossa vida, conscientes de nossos deveres para com Deus e para com os nossos semelhantes?
Resgatando o tempo. As pessoas falam muito sobre “falta de tempo”, “perder tempo”, “gastar tempo”, “passar o tempo”; mas você já ouviu falar de se resgatar o tempo? A primeira coisa a fazer é identificar quem ou o que está sequestrando o seu tempo e já colocamos uma boa relação de possibilidades. Você pode começar fazendo a sua própria relação – aquelas coisas que estão roubando o tempo de sua vida.
A expressão resgatar o tempo foi utilizada por uma pessoa que estava inocentemente presa, apenas pelas coisas que proclamava, e que sabia muito bem o valor do tempo e o quanto custava perdê-lo. Refiro-me ao apóstolo Paulo. Em uma das cartas que escreveu enquanto estava na prisão, ele disse: “[...] vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus”. (Efésios 5.15-16).
A palavra “remir” significa exatamente “resgatar”; o sentido é o de “comprar de volta o que antes nos pertencia”. É a mesma ideia de alguém, uma pessoa, que é sequestrada: a família fica desesperada. A pessoa preciosa e querida foi roubada e agora estão pedindo dinheiro por ela! Assim é com o tempo! Ele é nosso, mas estamos rodeados de salteadores que o roubam de nós. Sequestro implica em refém. Vimos que tempo é vida. Se alguém ou algo sequestra o seu tempo, tem você como refém. Preste atenção à sua vida. Veja quais são os “ladrões” do seu tempo; o preço do resgate é a sua conscientização da importância do tempo, a coragem para tomar decisões importantes, a adoção de uma perspectiva de vida fundamentada na verdade, a percepção de que a vida não pode ser desperdiçada. Paulo considerava essa questão de entesourarmos o nosso tempo algo tão importante, que repetiu a mesma expressão em outra carta que escreveu da prisão aos Colossenses.
Veja que o texto de Paulo começa com um apelo a andar prudentemente. Prudência é uma condição fundamental para não desperdiçarmos a nossa vida. Perder tempo é, portanto, uma grande imprudência. A palavra também pode ser traduzida como diligentemente ou precisamente. Essas duas últimas palavras têm tudo a ver com tempo, não é mesmo? Diligentemente = fazer as coisas com concentração e de forma rápida; precisamente = fazer com precisão cronométrica, ou na medida certa. O apelo é para andarmos como sábios e não como tolos (“néscios”). Quantas pessoas não estão nesse momento perdendo tempo, desperdiçando a vida, achando que estão “abafando”, que estão aproveitando a juventude? Mas estão apenas demonstrando irresponsabilidade, falta de inteligência e que são, na realidade, bobos.
A ideia é a de que o tempo naturalmente vai se esvaindo. Você tem que tomar as rédeas de sua vida; se a ela for vivida ao sabor das circunstâncias, o desperdício será o curso natural. O texto termina expressando uma realidade: “os dias são maus”. A maldade, a violência; a fragmentação dos costumes, da ordem, da responsabilidade para com o nosso próprio corpo e para com a vida dos outros estão em toda parte.
Você tem consciência disso? Cuidado para não estragar sua vida! Os dias são realmente maus! O sábio Salomão já alertava 1000 anos antes de Cristo, para que nos lembrássemos do nosso Criador nos dias da nossa mocidade (Eclesiastes 12.1). O alerta continua válido. Jesus Cristo é aquele que traz a mensagem do Criador. Por intermédio dele é que nos achegamos a Deus. Alicerçado nele, utilize bem o seu tempo, caminhe com segurança e com a certeza de que ele pode abençoar os seus passos e orientá-lo a uma vida proveitosa e plena, para você e para aqueles com quem você conviver.
As 10 praias mais perigosas do mundo
Poluição, tubarões e até lobos ameaçam seres humanos
Correntes marítimas, águas-vivas, lobos selvagens e poluição. Muitos são os perigos que ameaçam os seres humanos nas 10 praias mais perigosas do planeta, listadas pelo site The Huffington Post - mas curiosamente nenhum é o calor encontrado no lugar mais quente do mundo. Duas delas – quem diria – são brasileiras, cada uma por motivos bem diferentes, segundo a publicação. Confira!

1. Fraser Island, Austrália
O Dingo é uma espécie de lobo selvagem original da Ásia que, ao ser levado à Austrália, foi responsável pela extinção de uma série de espécies de animais locais. E a Fraser Island é território deles – tanto assim que são comuns os ataques aos seres humanos que se aventuram a circular por lá.

2. Hanakapiai Beach, Havaí, EUA
A tradução da placa, à direita, é: "Hanakapiai Beach. Cuidado! Não se aproxime da água. Correntes inesperadas mataram 68 visitantes". E aparentemente a contagem continua. Precisa dizer mais?

3. Praia de Boa Viagem, Recife
Os tubarões – claro – colocam a popular praia pernambucana no pódio das mais perigosas do planeta. Que o digam dezenas de surfistas que tentaram a sorte por lá e se deram (muito) mal.

4. Chowpatty Beach, Mumbai, Índia
O que coloca esta praia neste ranking é algo realmente inesperado – ela é letal por ser a mais poluída do mundo. Ninguém deveria se banhar aqui (alguém precisa avisar as gaivotas).

5. Litoral doTerritório do Norte, Austrália
Não é à toa que as praias desta região da costa australiana são vazias. Elas reúnem a maior população mundial de cubozoários, o mais mortífero dos tipos de água-viva que existem no planeta.

6. Praia de Copacabana, Rio de Janeiro
Assaltos, prostituição, tráfico de drogas e pequenos golpes colocam a mais conhecida praia brasileira na lista. Seu charme, porém, também é digno de fama.

7. Gansbaai Beach, África do Sul
Basta dizer que a bela praia sul-africana é conhecida como a Capital Mundial do Grande Tubarão Branco. Exemplares da espécie, aliás, podem ser vistos das areias ao longo de todo o ano.

8. Volusia County, Flórida, EUA
As praias de Volusia County, na costa leste da Flórida, muito provavelmente inspiraram o filme Tubarão (1975), de Steven Spielberg, dada a frequência com que seres humanos são atacados pelo temido peixe.

9. Kilauea Beach, Havaí, EUA
Um dos mais ativos vulcões do mundo, o Kilauea cospe sua fervilhante lava direto para as águas do mar, que, ali, superam os 43°C.

10. Playa Zipolite, México
A palavra zipolite, na língua indígena local, significa "praia dos mortos". O título vem bem a calhar: as ondas gigantescas e as fortes correntes ameaçam os banhistas durante todo o ano. Com um detalhe: ela é frequentada por naturistas.