Como é o banheiro dos astronautas?

Você considera-se um curioso? Então, com certeza já deve ter se perguntado como é o WC dos astronautas.
Se eles ficam o tempo todo flutuando, como procedem diante de suas necessidades fisiológicas?
O banheiro de uma nave espacial assemelha-se ao comum apenas em alguns aspectos, tais como, o assento, janela com vista para a Terra e luz para ler. Mas a tecnologia faz a diferença em relação ao destino final dos dejetos, uma vez que os mesmos são apanhados por bolsas plásticas, localizadas no fundo do vaso sanitário. As bolsas funcionam como depósito, onde dejetos líquidos ou sólidos vão se acumulando, sendo compactados e ainda selados (para evitar a contaminação do ambiente).

Até agora só se falou sobre o trato dos dejetos. Porém, o mais curioso reside no fato de que, ao usar o WC, os astronautas precisam manter-se presos a correias, imobilizadores dos pés e cinto que os fixa sobre o assento. Só assim é possível deixar de flutuar e ficar na posição correta para a realização do procedimento desejado.
Antigos trajes espaciais dispunham de fraldas e bolsas para comportarem os dejetos, que, por sua vez, eram consideradas desconfortáveis e anti-higiênicas. Para a sorte dos astronautas, a tecnologia está evoluindo cada dia mais e permitindo que tarefas simples, como a ida ao banheiro, não seja um problema diante da incrível missão de pesquisar o espaço.
Por Líria Alves
A VIDA DE UM ASTRONAUTA NO ESPAÇO.

Quase toda criança um dia sonhou em ser astronauta, afinal é uma das profissões mais legais do mundo, só que a vida no espaço não é nada fácil e o sonho de ser astronauta pode virar um pesadelo lá cima, pois são grandes os desafios que eles passam todos os dias:
COMIDA

A coisa nessa área já foi bem pior, mas hoje em dia a Estação Espacial Internacional conta com um cardápio enorme, com mais de 300 tipos de comida, até mesmo frutas são levadas de tempos em tempos.
Mas tudo é mantido o maior tempo possível em plásticos a vácuo para durar mais.

ÁGUA
É aí que a coisa começa a ficar feia, pois uma pessoa gasta muita água por dia, por isso é impossível levar a quantidade necessária daqui, lá para cima.
Assim ela precisa ser totalmente reciclada e no fim os astronautas tem que beber seu próprio mijo, clara que limpo, mas mesmo assim é meio estranho.
BANHO

Com a falta de gravidade no espaço, fica meio complicado tomar banho, afinal lá a água não cai para baixo. Assim a limpeza do corpo tem que ser feita com uma toalha úmida, muitas vezes com álcool.

BANHEIRO

Sem a gravidade, até as necessidades básica são complicadas. Para usar o vaso sanitário os astronautas precisam se amarrar para não saírem voando. Depois o receptor dos dejetos precisa ser como um aspirador de pó, para que toda aquela porcaria não saia voando por aí.

LIMPEZA
Como tu pode simplesmente sair voando, os astronautas precisam ser altamente organizados se quiserem manter o mínimo de higiene. Para isso todo lixo é instantemente guardado e a espaçonave é limpa com panos umedecidos com frequência.
ÁGUA E AR

Nosso planeta é um sistema fechado, por isso a água existente aqui não vai acabar. Só que nosso real problema se refere a água potável.

A quantidade de água por aqui é a mesma desde “sempre”, exceto por adições vindas de meteoros ou coisas do gênero. Isso nos dá a impressão de que ela é infinita e nunca vai acabar. E, na verdade, não vai mesmo, porém o ser humano só pode beber água limpa e sem sal, e é nesse ponto que temos o problema.
Todo mundo sabe que a maior parte da água existente na Terra é salgada. E a menor parte, que sobra para gente beber, está inacessível em lençóis subterrâneos ou congelada. Assim, resta apenas uma quantidade ínfima para uso humano, só que, cada dia mais, nós mesmo estragamos essas águas com produtos químicos, dejetos e lixo.

Outro problema existente é o ar. Para sustentar uma população desse tamanho, a humanidade, necessariamente, precisa usar tecnologias que, muitas vezes, são poluentes. Dessa maneira o ar, um dos ingredientes fundamentais da vida, acaba sendo prejudicado, da mesma maneira que a água.
No final das contas, nós poluímos, pois precisamos produzir para que todos sobrevivam, mas essa poluição gera dificuldades para a sobrevivência de todos, ou seja, a própria sobrevivência da humanidade gera problemas para a sobrevivência da humanidade.

POUCO PARA MUITOS
Quem olha para uma imagem da Terra vista do espaço, vê água para todos os lados e, apesar de não vermos, sabemos que existe muito ar por todos os cantos. Mas quando nós pegamos essas duas coisas e colocamos tudo junto para vermos sua real quantidade, a realidade é assustadora:

Essas duas bolinhas representam todo o ar e toda a água do planeta! E se olhar com atenção, verá mais duas bolinhas dentro da pequena bola de água. Essas duas “microbolas” representam a água potável que temos, sendo que a maiorzinha é o que está no subterrâneo, sobrando só a menor das menores para gente atualmente.

A verdade é que nosso bem mais precioso é limitado e seu limite diminui a cada dia.
As torturas da Inquisição


Por Rainer Sousa
Entre as idades Média e Moderna, a Igreja estipulou a clara perseguição contra aqueles que representavam uma ameaça à hegemonia do cristianismo católico. Para cumprir tal missão, estipulou a criação do Tribunal da Santa Inquisição, que determinava membros da Igreja para investigarem os possíveis suspeitos do crime de heresia. Geralmente, a autoridade dos inquisidores era apoiada pelas tropas do governo e a realização de processos que determinavam a culpa do acusado.Muitas vezes, mesmo sem um conjunto de provas bem acabado, uma pessoa poderia ser acusada de transgredir o catolicismo e, com isso, obrigada a se apresentar a um tribunal. Geralmente, quando a confissão não era prontamente declarada, os condutores do processo estipulavam a prisão do acusado. Nesse momento, o possível herege era submetido a terríveis torturas que pretendiam facilitar a confissão de todos os crimes dos quais era acusado.
Para muitos daqueles que observam a prática das torturas ao longo da inquisição, parece bastante óbvio concluir que tal prática simplesmente manifestava o desmando e a crueldade dos clérigos envolvidos com esta instituição. Contudo, respeitando os limites impostos pelo tempo em que viveram os inquisidores, devemos ver que essas torturas também refletiam concepções teológicas que eram tomadas como verdade para aqueles que as empregavam.
O “potro” era uma das torturas mais conhecidas pelos porões da Santa Inquisição. Neste método, o réu era deitado em uma cama feita com ripas e tinha seus membros amarrados com cordas. Usando uma haste de metal ou madeira, a corda amarrada era enrolada até ferir o acusado. Por conta dos vergões e cicatrizes deixadas por esse tipo de tortura, os inquisidores realizavam-na algumas semanas antes da conclusão final do processo.

O mais temido instrumento de tortura era a roda. Nesse método, a vítima tinha seu corpo preso à parte externa de uma roda posicionada em baixo de um braseiro. O torturado ia sofrendo com o calor e as queimaduras que se formavam na medida em que a roda era deslocada na direção do fogo. Em algumas versões, o fogo era substituído por ferros pontiagudos que laceravam o acusado. Os inquisidores alemães e ingleses foram os que mais empregaram tal método de confissão.
No pêndulo, o acusado tinha as canelas e pulsos amarrados a cordas integradas a um sistema de roldanas. Depois disso, seu corpo era suspenso até certa altura, solto e bruscamente segurado. O impacto causado por esse movimento poderia destroncar a vítima e, em alguns casos, deixá-la aleijada. Em uma modalidade semelhante, chamada de polé, o inquirido era igualmente amarrado e tinha as extremidades de seu corpo violentamente esticadas.

Em uma última modalidade da série, podemos destacar a utilização da chamada “tortura d’água”. Neste aparelho de tortura, o acusado era amarrado de barriga para cima em uma mesa estreita ou cavalete. Sem poder esboçar a mínima reação, os inquisidores introduziam um funil na boca do torturado e despejavam vários litros de água goela abaixo. Algumas vezes, um pano encharcado era introduzido na garganta, causado a falta de ar.
De fato, os terrores presentes nesses métodos de confissão eram abomináveis e deixam muitas pessoas horrorizadas. Contudo, os valores e a cultura dessa época permitiam a observância da tortura como um meio de salvação daqueles que se desviavam dos dogmas. Não por acaso, muitas sessões eram acompanhadas por médicos que se certificavam de que a pessoa não faleceria com as penas empregadas.
Mito da alma gêmea.
(Mitologia)
Quem nunca ouviu dizer: encontrei minha alma gêmea!
O que significa isso? De onde saiu que nós, humanos, individuais, temos ou compartilhamos nossa alma com outro ser? Alma gêmea quer dizer que nasceram juntas?
Na verdade, o mito da alma gêmea foi criado por Platão que em seu livro O Banquete tenta definir o que é o amor. E nessa busca, muitos convidados de uma festa, cada um por vez, faz um elogio ao deus Eros (deus do amor).
No entanto, um dos momentos mais fascinantes do texto é quando toma a palavra o comediógrafo Aristófanes. Ele faz um discurso belo e que se imortalizou como a teoria da alma gêmea.
Aristófanes começa dizendo que no início dos tempos os homens eram seres completos, de duas cabeças, quatro pernas, quatro braços, o que permitia a eles um movimento circular muito rápido para se deslocarem. Porém, considerando-se seres tão bem desenvolvidos, os homens resolveram subir aos céus e lutar contra os deuses, destronando-os e ocupando seus lugares. Todavia, os deuses venceram a batalha e Zeus resolveu castigar os homens por sua rebeldia. Tomou na mão uma espada e cindiu todos os homens, dividindo-os ao meio. Zeus ainda pediu ao deus Apolo que cicatrizasse o ferimento (o umbigo) e virasse a face dos homens para o lado da fenda para que observassem o poder de Zeus. (Mitologia)
Dessa forma, os homens caíram na terra novamente e, desesperados, cada um saiu à procura da sua outra metade, sem a qual não viveriam. Tendo assumido a forma que nós temos hoje, os homens procuram sua outra metade, pois a saudade nada mais é do que o sentimento de que algo nos falta, algo que era nosso antes. Por isso, os homens vivem em sociedade, pois desenvolvem o trabalho para buscar, nessa relação amorosa, manter a sua sobrevivência. Dessa forma, o ser que antes era completo homem-homem gerou o casal homossexual masculino; o ser mulher-mulher, o casal homossexual feminino. E o andrógino (parte homem, parte mulher) gerou o casal heterossexual. E a força que une a todos é o que nos protege, já que Zeus prometeu cindir novamente os homens (ficaríamos com uma perna e um braço só!) se não cumpríssemos o que foi designado pela divindade. (Mitologia)
Vale notar que Platão vai utilizar uma linguagem poética-imagética para poder refutar essa teoria, mas no fundo, a plasticidade do texto é que ficou na tradição como a obra mais bela que explica sobre o amor. Isso inspirou os movimentos românticos em todas as suas fases na modernidade.
Por João Francisco P. Cabral(Mitologia)

Colaborador Brasil Escola
(Mitologia)
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Filosofia - Brasil Escola