segunda-feira, 15 de setembro de 2014

OS MARES MAIS AGITADOS DO MUNDO. Confira a galeria de fotos de tempestades marítimas incríveis.


Conheça os mares mais agitados do mundo Tempestades são temidas, mas para os corajosos, elas também oferecem ótimas condições para velejar. 



Não importa se o vento está acima de 50 nós, se grandes ondulações atingem o oceano, se a chuva chega de todos os lados ou se as trovoadas soarem como bombas a distância, não há dúvida: velejar em tempestades é um verdadeiro teste para os homens do mar. Confira a galeria de fotos de tempestades marítimas incríveis.

Velejo em tempestades
O que não sabemos: onde essa foto foi tirada ou quem está comandando aquele barco. O que sabemos: esses são os mares em tempestades, navegados por pequenos velejos. Por isso, este é um momento de superação. É preciso fechar as escotilhas e fugir dos raios.









Tempestades são temidas, mas para os corajosos, elas também oferecem ótimas condições para velejar.


Uma manhã gloriosa na Corrida Rolex Sydney
© CARLO BORLENGHI
Não importa se o vento está acima de 50 nós, se grandes ondulações atingem o oceano, se a chuva chega de todos os lados ou se as trovoadas soarem como bombas a distância, não há dúvida: velejar em tempestades é um verdadeiro teste para os homens do mar. Confira a galeria de fotos de tempestades marítimas incríveis.
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Velejando em uma tempestade
© JOHN LUND
Próximo do vento
Esqueça Alex Thomson e Pepe Ribes navegando em grandes mares na costa britânica a bordo do Hugo Boss. Pense um pouco no fotógrafo de velejo Mark Lloyd que fotografou essas imagens de um helicópetero. "Eu estava no limite" diz ele.


IMOCA 60 da Hugo Boss enfrenta os mares britânico
© LLOYD IMAGES
A potência do velejo
O Time da Nova Zelândia, Emirates navega pela superfície durante a AUDI MedCup. Dá para imaginar que a tripulação se molhou um pouco.


Time Emirates Nova Zelândia
© IAN ROMAN
As ondas da Tasmânia
Dany Bruch em ação na Missão 2 do Red Bull Storm Chase em Temma Harbour, na Tasmânia. Foi preciso uma tempestade com força equivalente de 10 ventos para produzir ondas desse tamanho.


Dany Bruch na Tasmânia
© SEBASTIAN MARKO/RED BULL CONTENT POOL
Um triturador gelado
Dany Bruch, novamente no Red Bull Storm Chase no pico chamado de Bluff em Cornwall, na Inglaterra. A roupa de borracha foi necessária - isso foi em Fevereiro, em meio ao inverno no hemisfério norte.


Dany Bruch em Cornwall, Inglaterra
© SEBASTIAN MARKO/RED BULL CONTENT POOL
A estratégia da tempestade
O barco Volvo Ocean Race é diferente dos velejos tradicionais. Toda as manobras no barco precisam ser ensaiadas e treinadas antes com a tripulação. Quando o tempo está ruim, fica ainda mais complicado.


Trabalho em equipe
© JEN EDNEY/EDNEYAP.COM
Tempestade na classe Optimist
Tempestades não acontecem somente em alto mar. Um competidor da classe Optimist espera condições melhores para uma regata em Trieste, na Itália.
Espuma & Diversão
Mares difíceis e água branca durante a Final da America's Cup, próximo a Queensland.


Final da Copa América em um mar perigoso
© CARLO BORLENGHI
Apenas um arco de pulverização
O arco da corrida penetra na água durante o Troféu Portofino Rolex..


Troféu Portofino Rolex 2011
© ROLEX/CARLO BORLENGHI
Point Break
Começando em Malta e avançando ao arredor da Scília e suas ilhas, O Rolex Middle Sea Race passa por dois vulcões em atividade. As condições na hora da foto eram extremas - um vento de aproximadamente 35 nós e ondas enormes.


Condições Extremas na Rolex Middle Sea Race
© KURT ARRIGO
Portugal
A chuva chegando de todos os lados sobre o deck durante o Abu Dhabi Ocean Racing em Cascais, Portugal.


Condições adversas em Cascais
© IAN ROMAN/ABU DHABI OCEAN RACING
Desafiando a tempestade
Essa é a corrida de Vendée Globe - uma regata de solo-skippered ao redor do mundo. É classificada como uma das corridas mais difíceis do velejo mundial.


Desafio de veleiro Bertrand De Broc
© VINCENT CURUTCHET / DARK FRAME/DPPI
Água branca
O velejador francês François Gabert durante um treinamento que durou aproximadamente 24hrs em péssimas condições. Ainda bem que a maioria das tempestades não duram o dia inteiro.


François Gabart treinamento em condições difíceis
© VINCENT CURUTCHET / DARK FRAME
Quem é o chefe?
Para o velejador Alex Thomson, só há uma resposta. Hugo Boss, modelo Open 60. Um barco que possui um histórico impressionante, incluindo um quarto lugar no Vendée Globe em 2012/2013 - depois de perder a sua quilha, um primeiro lugar em 2010/2011 na Barcelona World Race, um segundo lugar no Rolex Fastnet em 2011 e um primeiro lugar no Transat Jacques Vabre em 2010. Ao que parece, é perfeito para o trabalho.


Alex Thomson mostra ao mar quem é o Boss
© LLOYD IMAGES

Como truques extremos de hibernação podem ajudar a curar ferimentos e salvar vidas.


Como truques extremos de hibernação podem ajudar a curar ferimentos e salvar vidas.
Por: Frank Swain


Imagine: você foi levado às pressas para o pronto-socorro e está morrendo. Seus ferimentos são graves demais para os cirurgiões tratarem a tempo. Seus vasos sanguíneos sangram em hemorragias invisíveis. A perda de sangue está matando seus órgãos pela falta de nutrientes e oxigênio. Você está entrando em parada cardíaca.

 Um método ambicioso para salvar vidas substitui seu sangue por água gelada.

Mas não é o fim. Toma-se uma decisão: você é ligado a tubos, os médicos ativam uma máquina, e um mecanismo de bombeamento começa a ir para frente e para trás. Um líquido frio como gelo corre em suas veias, resfriando-as. Logo seu coração para de bater, seus pulmões já não respiram. Seu corpo gelado fica lá, equilibrado na fina linha entre a vida e a morte, nem totalmente de um lado nem do outro, como se parado no tempo.
Os cirurgiões continuam a trabalhar, pinçando, suturando, consertando. O mecanismo de bombeamento então volta à atividade, trazendo o sangue quente de volta para seu corpo. Você vai ser ressuscitado. E, se tudo correr bem, você vai viver.
Animação suspensa
A animação suspensa, a habilidade de colocar os processos biológicos de uma pessoa em modo de espera, é conhecido há tempos na ficção científica. O interesse nessa área cresceu nos anos 1950 como uma consequência direta da corrida espacial. A NASA financiou pesquisas biológicas para ver se humanos poderiam ser postos em um estado de preservação artificial. Nesse estado, esperava-se, astronautas poderiam ser protegidos da perigosa radiação cósmica que permeia todo o espaço. E, ao dormir rumo ao espaço, astronautas precisariam levar menos comida, água e oxigênio, tornando mais práticas as viagens realmente longas.
Um dos destinos desse financiamento foi o jovem cientista James Lovelock. Ele mergulhava hamsters em banheiras geladas até que seus corpos congelassem. Quando o cientista não mais detectasse os batimentos cardíacos, ele os reanimava colocando uma colher quente contra o peito do hamster. (Lovelock também fez experimentos ainda mais ao estilo era espacial, usando partes de um rádio para construir uma pistola de microondas, para reviver suas cobaias com mais cuidado.) Esses experimentos com a flexibilidade da vida o colocariam no caminho de seu trabalho mais famoso, a “hipótese de Gaia”, que apresenta o planeta como um super-organismo vivo.
Apesar de ousados, esses experimentos iniciais não passaram dos testes em animais, e astronautas nunca foram congelados e revividos com colheres quentes. A ideia de transformar pessoas em picolés de carne para uma viagem espacial de longa distância continuou no reino da ficção científica. O interesse da NASA aferreceu com o fim da corrida espacial, mas as sementes plantadas por Lovelock e seus colegas continuaram a crescer.
Humanos congelados
Em 1900, o British Medical Journal publicou um relato de camponeses russos que, segundo o autor, eram capazes de hibernar. Moradores da região nordeste de Pskov viviam em um estado próximo à fome crônica, e se fechavam em casa ao primeiro sinal de neve: eles se juntavam ao redor do fogão e caíam em um sono profundo, que chamavam de “lotska”. Acordando uma vez por dia para comer um pouco de pão e tomar água, os membros da família se revezavam em turnos para cuidar do fogo, só acordando por completo quando chegasse a primavera. Nenhum rastro dos camponeses sonolentos de Pskov foi encontrado desde então, mas a fantasia da hibernação humana persiste e, de vez em quando, algo que se parece muito com isso surge na vida real.
Um século depois, Anna Bågenholm estava em férias, esquiando na Noruega, quando caiu de cabeça em um rio congelado e ficou presa sob o gelo. Quando o resgate finalmente chegou, a radiologista sueca tinha ficado submersa por 80 minutos – seu coração e sua respiração tinham parado. Os médicos do Hospital Universitário de Tromsø registraram a temperatura corporal dela em 13,7°C, a mais baixa observada em uma vítima de hipotermia acidental. Para todos os efeitos, ela parecia ter se afogado. No entanto, depois de um cuidadoso reaquecimento e dez dias na unidade de tratamento intensivo, Bågenholm acordou. Ela se recuperou quase completamente de sua fria batalha com a morte. Sob circunstâncias normais, mesmo alguns minutos sob a água é suficiente para afogar alguém, mas ainda assim Bågenholm sobreviveu por mais de uma hora. De alguma forma, o frio a manteve viva.


Um rato branco de laboratório em hibernação no gelo. CC-BY: Ben Gilbert/Wellcome Images

Não é a primeira vez que se tornam evidentes os benefícios do frio contra ferimentos traumáticos. Desde a era napoleônica, médicos observaram que soldados da infantaria feridos e deixados no frio tinham uma taxa de sobrevivência maior do que os oficiais feridos e mantidos junto ao fogo em barracas aquecidas. A hipotermia terapêutica é comum em hospitais hoje em dia, ajudando a reduzir ferimentos em diversas situações, de cirurgias ao auxílio na recuperação de recém-nascidos após partos difíceis.

Baixar a temperatura do corpo torna mais lenta sua atividade metabólica, a cerca de 5% a 7% para cada grau baixado. Isso, por sua vez, reduz o ritmo de consumo de nutrientes essenciais, como o oxigênio. Assim, protegem-se tecidos que poderiam morrer com a falta de oxigênio, perda de sangue ou parada cardíaca. Em teoria, se continuarmos reduzindo a temperatura do corpo, uma hora os processos biológicos serão pausados – o corpo existiria em animação suspensa. Como um relógio parado, não haveria nada de fisicamente errado com ele: todos os componentes ainda estariam intactos, porém imóveis. Ele apenas precisaria de um pouco de calor para entrar em movimento novamente.
É claro, não é assim tão simples. A hipotermia é perigosa. Seu corpo quer se manter quente e vai lutar por isso. No decorrer da sua vida, ele irá manter uma temperatura razoavelmente constante de 37°C. Isso requer muito esforço. O corpo precisa fazer ajustes constantes e incontáveis para balancear a produção de calor com o calor perdido para o ambiente, trabalhando para manter a temperatura nessa faixa restrita. Se a temperatura cai muito, seu sangue é desviado da pele e levado para o centro do torso, enquanto você treme e se encolhe debaixo das cobertas. Os efeitos de um frio mais intenso são desastrosos. A uma temperatura corporal de cerca de 33°C, apenas quatro graus abaixo do normal, os batimentos cardíacos começam a aumentar. A 25°C, há um risco de que eles parem de vez. Mesmo que você sobreviva à hipotermia, reaquecê-lo pode causar um dano enorme aos rins.
Contudo, há certas espécies animais que podem suportar um frio muito maior. O esquilo-terrestre do Ártico normalmente mantém a temperatura do corpo próxima a nossa. Mas, durante a hibernação, ele pode sobreviver a uma temperatura corporal de até –3°C, cuidadosamente administrando os fluidos gelados do corpo para que não congelem e se tornem sólidos. E os hamsters de Lovelock sobreviveram a hipotermias que nos matariam. Como animais sobrevivem a esses estados é um assunto de grande interesse para qualquer um que pretende descobrir os segredos da animação suspensa para humanos.
A hibernação entre as espécies
“Quando seu camarada está morto?” pergunta o professor Rob Henning com um sorriso, citando um manual do exército, recebido no último projeto de alistamento obrigatório na Holanda. “Um: ele está apodrecendo? Dois: A cabeça dele está a mais de vinte centímetros do corpo?” Assim como Lovelock, Henning realizou experimentos com hibernação, que deram a ele uma visão flexível do que se trata estar vivo.
Do último andar do Departamento de Farmácia Clínica e Farmacologia no University Medical Centre Groningen (UMCG), uma ampla janela dá vista para a cidade medieval espalhada sobre a paisagem plana. Abaixo há um movimentado hospital, o centro regional de transplantes cirúrgicos. Também é onde Henning e seu time estão descobrindo os segredos da hibernação.
“O que estamos fazendo aqui é biomimetismo”, diz Henning, “usando essas grandes adaptações da natureza e sequestrando-as em benefício da medicina”.

Muitos animais podem deixar seu metabolismo mais lento para entrar em estados de baixo consumo de energia: insetos, anfíbios, mamíferos, aves e peixes. Em curtos períodos, essa condição (caracterizada pela inatividade e pela redução da temperatura do corpo) é conhecida como torpor. Ao encadear muitas dessas sessões de torpor, os animais podem entrar na longa dormência que chamamos de hibernação. Com essa técnica, animais pequenos – como ratos, hamsters e morcegos – podem afastar a fome no frio do inverno, conservando energia.

Treinado como um anestesista, Henning começou a estudar hibernação, por hobby, nos anos 1990. Isso ficou mais sério depois que ele formou seu grupo de pesquisa, há cerca de seis anos. “Ao se pensar em hibernação, surgem muitos usos para ela. As mais óbvias estão em qualquer tipo de cirurgia importante”, ele explica. A perda de sangue é a maior causa de morte durante cirurgias, mas, em um estado hipotérmico, os hibernadores podem sobreviver a ferimentos muito mais graves do que se estivessem em temperaturas normais. Parte disso é porque os tecidos estão protegidos quando em taxas metabólicas mais lentas; outra parte é porque o coração está bombeando sangue a uma fração do ritmo normal.


CC-BY: Ben Gilbert/Wellcome Images

Mas uma resistência ao frio e à perda de sangue não é tudo quando se trata da incrível resistência dos hibernadores. Ainda que pareça um longo descanso, a hibernação não se trata apenas de dormir no frio: é uma maratona extenuante de hipotermia e de vulnerabilidade à doença e à fome. Para suportar esses sofrimentos, os animais que praticam a hibernação desenvolveram um grupo de adaptações para proteger o corpo e a mente.

Antes de uma hibernação longa, os animais comem até quase se tornarem obesos, basicamente se tornando diabéticos tipo 2. Diferente dos humanos, isso não engrossa as paredes das artérias deles, nem leva a doenças do coração. Algumas espécies param de comer duas ou três semanas antes da hibernação, tornando-se repentinamente resistentes às dores da fome mesmo enquanto se mantêm em seu nível normal de atividade.

Um humano pode ficar deitado na cama por no máximo uma semana até que seus músculos comecem a atrofiar, e que comecem a se formar coágulos de sangue, mas hibernadores aguentam meses sem se mover. Durante a hibernação, o microbioma (a comunidade de bactérias que vive no aparelho digestivo de um animal) é agredida pelo frio e pela repentina falta de comida. Os pulmões dos hibernadores ficam cobertos com um grosso depósito de muco e colágeno, como o que é visto em pessoas com asma, e seus cérebros mostram mudanças que lembram os primeiros estágios do mal de Alzheimer. Algumas espécies perdem a memória durante a hibernação. E o mais surpreendente de tudo: algumas espécies demonstram sintomas de privação de sono quando finalmente acordam.

Ainda assim, hibernadores são capazes de enfrentar todos esses problemas quando acordam para a primavera, frequentemente sem qualquer problema a longo prazo.
Induzindo a hipotermia
O UMCG é um complexo com meio quilômetro de extensão, formado por edifícios tão unidos que é possível andar de uma entrada à outra sem ir para fora. Um desses edifícios é o laboratório de testes em animais.

Em uma pequena sala, distante do corredor principal, Edwin de Vrij – um estudante de doutorado de Henning – está com um colega cuidando de um rato deitado em uma cama de gelo. Um emaranhado de pequenos tubos e cabos cerca o animal, entregando a ele fluidos para preservar sua vida e trazendo dele informações valiosas. Uma bobina de papel saindo aos poucos de uma máquina mostra que, de um ritmo frenético de 300 batidas por minuto, o coração do rato agora está a apenas 60 batidas por minuto. Os números vermelhos brilhando em outra máquina mostram que a temperatura interna do rato caiu mais de 20 graus, chegando a 15°C.


Equipamento de laboratório no University Medical Centre Groningen. CC-BY: Ben Gilbert/Wellcome Images

Um ventilador com sons de tiquetaque auxilia a respiração do roedor anestesiado. Sendo um não-hibernador, como nós, o rato não sobrevive à hipotermia profunda sem ajuda médica. “Se você os esfria, os impulsos nervosos ficam mais lentos e os músculos sofrem no frio, então é natural que eles tenham problemas para respirar”, explica de Vrij. Não é esse o caso de hibernadores reais – ou de alguns mamíferos não-hibernadores. “De alguma forma, hamsters conseguem respirar adequadamente”, ele diz. “Com eles não temos que usar o ventilador”.
Tal qual induzir hibernação em hamsters (um processo que leva semanas de ajuste gradual em salas com clima controlado, para mimetizar o início do inverno), a equipe da UMCG também induz estados de hipotermia forçada, como aquele que vimos no rato, esfriando os animais rapidamente até que eles caiam em um estado de suspensão metabólica.

Hoje, de Vrij está procurando por plaquetas, essenciais para que o sangue coagule e previna sangramentos. Animais hibernadores evitam a coagulação do sangue, a despeito da falta de atividade, devido a uma curiosa mudança no corpo: à medida que eles esfriam, as plaquetas desaparecem do sangue. Ninguém sabe ainda para onde elas vão, mas, por reaparecerem assim que o corpo é reaquecido, de Vrij tem certeza de que elas são preservadas em algum lugar do corpo, em vez de serem absorvidas pelo corpo e depois produzidas de novo. Surpreendentemente, essa mudança ocorre até mesmo em não-hibernadores vítimas de hipotermia, incluindo ratos – e, às vezes, até humanos.
Essas características de diferentes hibernadores indicam que essas espécies teriam herdado de um ancestral comum os mecanismos de proteção contra o frio, inatividade, fome e asfixia. Isso então se desenvolveu em uma ampla síndrome de baixo metabolismo. Há até mesmo pistas de que humanos podem, em algum nível, ter algumas dessas habilidades. Por muito tempo, não havia evidência de que primatas poderiam hibernar. Porém, em 2004, soube-se que uma espécie de lêmure de Madagascar pratica turnos regulares de torpor. “Se você olhar para o lêmure e olhar para nós, nós dividimos com ele cerca de 98% dos nossos genes”, diz Henning. “Seria muito estranho se as ferramentas para a hibernação estivessem espremidas nesses 2% de diferença”.

Conforme cai a temperatura de seus corpos, hibernadores também removem os linfócitos (células brancas) do sangue e os estocam nos linfonodos. Depois de 90 minutos acordados, eles reaparecem. Esse amortecimento do sistema imunológico previne uma inflamação generalizada durante o reaquecimento – exatamente o que faz humanos e outros não-hibernadores sofrerem dano nos rins. De qualquer forma, essa é uma estratégia arriscada, que não deixa os animais formarem uma defesa imunológica durante o sono. Em resposta, os morcegos frequentemente saem da hibernação para afastar o patógeno – e acabam morrendo com o alto custo de energia dessas interrupções.
Os benefícios para os humanos

Ao entender como os hibernadores controlam essas mudanças no sangue, podemos ter benefícios enormes. Além de aprimorar nossa habilidade de sobreviver à hipotermia e estados de animação suspensa, tirar do sangue as células brancas pode prevenir a infecção causada pelo bypass cardiopulmonar. Nesse caso, a ativação das células brancas do sangue, à medida que passam pelo equipamento que tenta salvar sua vida, dispara uma reação imunológica no corpo todo.

Órgãos a serem doados, frequentemente resfriados para o transporte, também se beneficiariam de uma melhor proteção criogênica. E nós podemos aumentar o prazo de validade do sangue estocado em bancos. Nós ainda não sabemos como estocar as plaquetas doadas em baixas temperaturas, então o sangue vindo de doações só pode ser mantido por uma semana antes de ser usado ou jogado fora, sob o risco de infecção.

Foi por acidente que a equipe da UMCG deu um passo gigantesco na direção de seus objetivos, depois que uma estudante deixou uma cultura de células de hamster na geladeira, a 5°C. Depois de uma semana, as células ainda estavam vivas e cheirando a ovo podre. A estudante derramou o meio que envolvia as células sobre um grupo separado de células de rato, suspeitando que as células fedidas poderiam ter secretado algum tipo de agente protetor. Ela colocou-as na mesma geladeira e esperou. Normalmente, refrigerar células de rato as mata rapidamente, mas depois de dois dias elas ainda estavam vivas.

A equipe está investigando diversos componentes que podem ser responsáveis por essa criopreservação. Uma delas é uma enzima conhecida como cistationina beta-sintase (CBS), que estimula a produção de sulfeto de hidrogênio, a molécula que dá aos ovos podres seu odor característico. Ao injetar em hamsters uma substância que inibe o CBS, eles não conseguem mais entrar em torpor, e os que são forçados a estados hipotérmicos sofrem do mesmo tipo de dano aos rins que se esperaria de não-hibernadores, como nós.

Dos mais de cem compostos que a equipe de Henning investigou, muitos não tiveram efeito, mas alguns sim, dando às amostras celulares proteção de longo prazo contra o frio. A equipe já patenteou um desses compostos, Rokepie, como um aditivo. Com ele, é possível refrigerar células que normalmente precisariam ser mantidas a 37°C, como as de ratos ou humanos. A refrigeração pode ser tanto para transporte quanto para deixar experiências em espera durante fins de semana ou períodos com maior carga de trabalho.

As primeiras moléculas de criopreservação extraídas dos hibernadores são incrivelmente potentes, e parece que agem evocando reações das próprias células, sejam de hibernadores ou não. Sendo assim, isso oferece mais evidências de que nós ainda possuímos algumas ferramentas que podem nos ajudar a suportar hipotermia e baixos níveis metabólicos.

Por ora, aplicar as lições que aprendemos dos hibernadores não cabe ao grupo de Henning. A corrida espacial acabou há muito tempo e a NASA não está pagando rios de dinheiro pelo desenvolvimento da animação suspensa. Porém, o exército dos EUA está.
Congelando pacientes de risco

“Para qualquer lugar que você olhe em um centro de trauma [de um pronto-socorro], as coisas são bem caóticas”, conta o professor Sam Tisherman. “É um caos controlado, mas a maior parte vem do fato que você nunca sabe o que está acontecendo com o paciente”.

Nas frenéticas enfermarias da emergência de um hospital, com frequência não é possível para os médicos identificar o problema, resolvê-lo e manter o paciente vivo ao mesmo tempo. Pacientes sofrendo de perda de sangue incontrolável, por exemplo, podem entrar em parada cardíaca. Quando isso acontece, cirurgiões precisam lutar contra o tempo e parar o sangramento antes de começar quaisquer tentativas de ressurreição. “[Quando] alguém chega e está basicamente morrendo”, diz Tisherman, “nós tentamos rapidamente ressuscitá-lo, descobrir o que está errado com ele e recuperar seus ferimentos, tudo ao mesmo tempo”. Esse é o alicerce fundamental da medicina de trauma: você está sempre contra o tempo.

Tisherman quer dar um pouco mais de tempo aos médicos. Ele acredita que, ao induzir hipotermia, nós podemos dar mais tempo aos cirurgiões enquanto eles batalham para salvar as vidas dos pacientes feridos de forma crítica. Para isso, ele quer levar a resistência humana à hipotermia muito além dos seus limites normais.


CC-BY: Ben Gilbert/Wellcome Images

Após se graduar no MIT, em 1981, Tisherman construiu uma carreira em medicina de cuidado intensivo. Ele venceu o Lifetime Achievement Award em ciência da reanimação no Trauma da American Heart Association em 2009, e agora é sócio-diretor do Centro Safar para Pesquisas em Ressurreição em Pittsburgh (EUA). O centro foi fundado por Peter Safar, o médico que popularizou a reanimação cardiopulmonar – a conhecida respiração boca-a-boca seguida de massagem cardíaca – e comandou a criação da Resusci Anne, o boneco usado para ensinar a técnica. Em Pittsburgh, Safar criou o primeiro programa de treinamento do mundo para tratamento intensivo. Seu objetivo de vida era “salvar os corações e mentes daqueles muito jovens para morrer”.

Tisherman é pioneiro na preservação e reanimação de emergência. Seu trabalho é financiado pelo Centro de Pesquisa Tecnológica Avançada e Telemedicina do exército americano, que financia pesquisas em assuntos específicos – como próteses avançadas e robôs projetados para retirar soldados feridos do campo de batalha.

Alguns de seus cirurgiões já estão familiarizados com as técnicas hipotérmicas, acostumados a baixar a temperatura dos pacientes até por volta dos 30°C. Para procedimentos que exigem que o sangue não flua, cirurgiões cardíacos já chegaram a esfriar pacientes a até cerca de 15°C, ponto em que o coração para.

Tisherman planeja esfriar pacientes até esse ponto, ou até mais baixo, refrigerando-os até que o corpo todo entre em um tipo de animação suspensa. Durante esse tempo, o corpo não terá batimentos cardíacos, não irá respirar e não haverá atividade cerebral. Na verdade, também não haverá sangue algum. Ele será drenado e substituído por salina gelada, a única forma de esfriar um humano rápido o suficiente para evitar que os tecidos se danifiquem enquanto lutam para continuar funcionando. Tisherman chama esse estado de “preservação hipotérmica”.

O procedimento já mostrou ter funcionado em laboratório, revivendo cachorros que estiveram suspensos em estados gelados por até três horas. Os testes agora vão para um ambiente clínico. Cirurgiões, anestesistas e perfusionistas do Hospital Geral de Massachusetts já passaram até por treinamentos para a cirurgia pioneira. Mas ninguém sabe quando vai aparecer um paciente adequado. Este é um dos problemas que eles enfrentam: pela natureza do trauma, pacientes não serão capazes de consentir com o procedimento. Por causa disso, o grupo de Tisherman está engajado em uma consulta pública para que os cidadãos da comunidade saibam da existência do programa. O estudo teve que ser assinado pessoalmente pelo secretário do exército, o oficial civil com maior ranking da organização.

Mas ainda existem obstáculos maiores. No meio da atividade frenética na sala de emergência, Tisherman precisa ter certeza que a equipe de cirurgiões de trauma possa trabalhar em harmonia com os cirurgiões cardíacos e perfusionistas armados com bombas e bolsas de salina gelada, uma camada extra de complexidade em um ambiente já caótico. E, apesar de os efeitos do resfriamento afetarem todos os tecidos igualmente, ele tem efeitos colaterais. Os fatores do sangue responsáveis pela coagulação também são inibidos pelo frio: isso cria problemas no controle do sangramento durante a fase de reaquecimento. Além disso, os cirurgiões também vão sofrer com o frio, já que o paciente e a sala serão resfriados durante o procedimento. Mas o frio não é apenas uma ferramenta; o objetivo final é a suspensão metabólica.

No futuro, a reanimação e a preservação de emergência poderão ser levadas até os que sofrem de ataques cardíacos, exposição a venenos ou qualquer situação crítica na qual o tempo seja um fator determinante. “O resfriamento é a forma mais poderosa que nós temos para a supressão do metabolismo”, diz Tisherman. “Se nós pudermos diminuir as necessidades dos tecidos ou aprimorar o fornecimento de oxigênio até eles, então tudo vai ficar bem”.
Ainda que animais de laboratório possam se recuperar de três horas em suspensão, os primeiros pacientes humanos a experimentar a técnica vão ser colocados sob um terço desse tempo. “Uma hora deve ser suficiente para reparar o sangramento”, segundo Tisherman. “O período de resfriamento não precisa necessariamente cobrir toda a cirurgia”. Para aqueles que querem viajar para o espaço distante, ir além de uma hora está, infelizmente, fora de questão por enquanto. “Nós não estamos tentando congelar os mortos”, ri Tisherman, “só ganhar tempo para salvar os vivos”.

Principais referências:
Informações sobre os estudos da preservação de emergência e reanimação;
Hjalmar Bouma e sua equipe da UMCG observam a indução de torpor mimetizando a supressão metabólica natural;
o curioso caso de hibernação em camponeses russos, publicado no British Medical Journal em 1900.
o relatório de 1955 escrito por James Lovelock sobre suas experiências com hamsters congelados;
uma boa descrição dos estudos da NASA no artigo Depressed Metabolism, por X. J. Musacchia e J. F. Saunders (1969).
um relatório da NASA de 1973 sobre o papel do metabolismo reduzido em biologia espacial, por J. F. Saunders.

Este artigo foi publicado originalmente no Mosaic e é republicado aqui sob licença Creative Commons.

As 10 fotos da semana...


As 10 fotos da semana (271)

Aquela compilação tradicional de fotos que nos fazem rir, se emocionar e admirar o poder das lentes de uma câmera. Veja as fotos legais dessa semana:






























As 10 cidades mais caras e baratas do mundo para beber cerveja.



As 10 cidades mais caras e baratas do mundo para beber cerveja...

A consultoria britânica GoEuro, analisou o preço médio das cervejas de 330 ml, dentre 40 cidades em todo o mundo, para chegar ao ranking das mais caras e mais baratas para consumir a bebida.

 Veja o Top 10:

Cidades mais caras: 

Oslo – Noruega: 2,87 libras (R$ 10,44) 

Voos baratos para Oslo

Zurique – Suíça: 2,46 libras (R$ 8,95) 

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Tóquio, – Japão: 2,45 libras (R$ 8,91) 

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Tel-Aviv – Israel: 1,92 libras (R$ 6,98)

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Londres – Reino Unido: 1,72 libras (R$ 6,26)


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Kuala Lumpur – Malásia: 1,59 libras (R$ 5,78)

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Sydney – Austrália: 1,58 libras (R$ 5,75) 

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Singapura: 1,55 libras (R$ 5,64) 

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Hong Kong: 1,49 libras (R$ 5,42)

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Rio de Janeiro – Brasil: 1,39 libras (R$ 5,06) Imagem relacionada

Cidades mais baratas
Varsóvia – Polônia: 0,64 libras (R$ 2,33) 

Berlim – Alemanha: 0,66 libras (R$ 2,40)
Praga – República Checa: 0,75 libras (R$ 2,73)
Lisboa – Portugal: 0,78 libras (R$2,84)
Dublin – Irlanda: 0,78 libras (R$ 2,84)
Cidade do México – México: 0,79 libras (R$ 2,87)
Bogotá – Colômbia: 0,82 libras (R$ 2,98)
Budapeste – Hungria: 0,83 libras (R$ 3,02)
Madrid – Espanha: 0,85 libras (R$ 3,09)
Amsterdã – Holanda: 0,86 libras (R$ 3,13)


Cotação da libra (08/09/2014): R$ 3,63

Ranking completo neste link


Fonte: GoEuro

domingo, 14 de setembro de 2014

O QUE É ESSE TAL COLAR DE ÂMBAR? Ele esta dando o que falar...esta fazendo muito sucesso com algumas celebridades!


COLABORAÇÃO : kATUCHA LODI...
O que é esse tal colar de âmbar?
Há pouco mais de um ano, muitas mães, inclusive celebridades, como Gisele Bündchen e, recentemente, a atriz Barbara Borges, passaram a usar esse objeto para o filho dormir bem ou não sentir dores na fase de dentição. Mas especialistas afirmam não haver comprovação científica de sua eficácia e ainda alertam para os riscos de asfixia e estrangulamento. Entenda melhor o assunto

Por Fernanda Montano.


Bárbara Borges adota o colar de âmbar para o filho, Martin Bem (Foto: Reprodução/Instagram)
Moda ou tradição.
O uso do âmbar como medicina natural é uma tradição antiga na Europa, mas chegou ao Brasil há quatro anos apenas. O assunto ficou mais em voga – passando até a ser chamado de nova moda entre as mães – depois que a übermodel Gisele Bündchen publicou uma foto em que sua filha, Vivian Lake, de 1 ano e 8 meses, aparece usando o colar. A imagem foi ao ar no ano passado e, de lá para cá, muitos pais partiram em busca do objeto – o aumento da procura foi sentido, inclusive, pelas pessoas e lojas que vendem a peça no Brasil. O valor dele varia de acordo com o tipo do âmbar: quanto mais polido e lapidado, mais caro. Em média, ele custa entre R$ 65 e R$ 90.
Recentemente, a atriz Bárbara Borges usou seu perfil da rede social Instagram para postar uma foto de seu filho (e dela!), Martin Bem, com o colar.
O que é
O âmbar é uma resina vegetal que se tornou fóssil há aproximadamente 50 milhões de anos e é encontrada principalmente na região dos Bálticos – inclusive as propriedades do colar só valem se as pedras forem dessa área. Fique atento, pois existem imitações de copal ou plástico (veja como checar a procedência na página seguinte). Nele se encontra o ácido succínico – estudos afirmam que esse composto químico fortalece o sistema imunológico, estimula o sistema nervoso e melhora a atividade metabólica. Por isso, o âmbar atuaria como analgésico e anti-inflamatório natural.
Como age?
Segundo os vendedores e as mães que usam (e que pesquisaram a respeito), em contato com a pele do bebê, as pedras do colar se aquecem e liberam quantidades minúsculas do ácido succínico no corpo. De acordo com a experiência delas, o acessório auxilia especialmente durante a fase de dentição, por aliviar dores e desconfortos como inchaço da gengiva e febre.


É seguro?
A Associação Brasileira de Odontopediatria tem como posicionamento oficial a não recomendação do colar de âmbar durante a fase de dentição. “Não indicamos por causa do risco de asfixia. Se a criança usa, os pais têm que vigiar o tempo todo, o que não é possível na prática”, defende Paulo Cesar Rédua, presidente da associação. A ONG Criança Segura também é contra. “Não se recomenda nenhum tipo de colar ou cordão em bebês. Entendo o objetivo, mas é melhor buscar outras alternativas. Durante toda a fase de brincadeira da criança, não é legal ter cordão em nada, nem na roupa”, orienta Alessandra Françoia, coordenadora da ONG. Uma alternativa é usar as pedras de âmbar em pulseiras ou tornozeleiras, o que elimina o risco de estrangulamento. Mas, ainda assim, há controvérsias devido às chances de a criança levar o objeto à boca.
“Usei no meu filho desde os 4 meses e amei. Senti muita diferença, sim. Sem falar que fica lindo!”
Priscila Tulio, mãe de José Augusto, 3 anos e 2 meses
Teste de autenticidade
1 Coloque uma ou duas gotas de acetona ou álcool em uma das contas do colar. Se ficar viscosa, pegajosa ou alterar a cor, não é âmbar.
2 Misture uma parte de sal com duas de água e dissolva. Coloque uma peça de âmbar: se boiar, é autêntica.
3 O âmbar é morno ao toque, bem diferente das imitações de vidro, que são sempre mais frias que a sua pele.
Ciência X crença popular
Especialistas são taxativos ao afirmar que não existem estudos científicos que comprovem a eficácia do uso do COLAR DE ÂMBAR para aliviar dores nos bebês. “Não há nenhuma pesquisa que mostre que ele funcione, o que existem são experiências pessoais. É um método natural sem comprovação científica”, explica Moisés Chencinski, pediatra homeopata e membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Estava sozinha na praia e meu filho teve uma febrona no meio da noite. era a primeira febre! Então, descobri que era o dente. Coloquei o colar e, depois disso, nem vi mais os dentes nascerem. O Kayan até sentia falta quando tirava."
Amanda Nunes, mãe de Kayan, 3 anos
Os pais que usam o colar em seus filhos sabem que não há comprovação por parte da ciência – mas garantem que ele funciona! Nitiananda Fuganti, educadora perinatal e responsável pela Casa Mãe, em Curitiba (PR), é fã do COLAR DE ÂMBAR. Seus dois filhos, Beatriz, 3 anos, e Rudá, 1, usam continuamente desde os primeiros meses de vida. “Os sintomas físicos da fase de dentição, como coceira, inchaço e erupções cutâneas diminuíram, assim como a irritabilidade em 
diversas ocasiões”, opina.
A parteira profissional e editora do site Slingando, Tamara Hiller, conheceu a tradição do colar há mais de 15 anos, na Alemanha, durante um trabalho no país como educadora perinatal. Convencida de suas propriedades medicinais, não pensou duas vezes quando teve sua filha – ela gostou tanto que a menina usa até hoje, aos 6 anos. “Já conhecia o colar, mas, como mãe, virei fã. E eu tenho um para mim também”, conta.
Vai usar? Preste atenção às medidas de segurança
O fio deve ter um nó entre cada conta. Assim, em caso de ruptura, apenas uma cai.
Em qualquer idade, o colar deve ter entre 33 e 36 cm, para não ficar apertado nem frouxo.
Recomenda-se tirar no banho para evitar o desgaste do cordão.
O fecho deve ser de rosquear e coberto por âmbar, para o bebê não conseguir abrir.
Fique atento para o uso durante a noite. A recomendação é tirar o colar para dormir.
Acompanhe de perto o uso do colar. Preste atenção à reação do bebê quando o objeto é colocado: se ele se incomoda, tenta puxar ou nem nota. Usando desde cedo, as chances de ele se acostumar são maiores. Cabe aos pais decidir sobre o uso à noite, tendo em vista os perigos. Uma alternativa para utilizar durante o sono é colocar o colar no tornozelo, dando duas voltas.