sábado, 23 de março de 2019

Mãe dá comida na boca de filho de 13 anos com vício extremo em videogames após jogar 48 horas seguidas


Mãe dá comida na boca de filho de 13 anos com vício extremo em videogames após jogar 48 horas seguidas

de Merelyn Cerqueira 0





Um vídeo mostrando uma mãe filipina alimentando uma adolescente de 13 anos, recentemente, tornou-se viral na internet, tendo quase 1 milhão de visualizações na postagem oficial.

A mulher, Lilybeth Marvel, de 37 anos, precisou ir até um cybercafé com um prato de comida para alimentar Carlito, seu filho, que estava jogando por 48 horas seguidas, sem parar nem mesmo para tomar água ou ir ao banheiro.

Lilybeth, que é de Nueva Ecija, nas Filipinas, percebeu que havia algo de errado com Carlito há dois anos, quando ele começou a ficar até tarde em um cybercafé perto de casa. As coisas pioraram com o passar do tempo, ao ponto em que o garoto agora passa o dia inteiro na frente da tela jogando o game “Battle Royale – Rules of Survival”. 


Battle Royale – Rules of Survival – o jogo que Carlito é completamente viciado, ficando dias sem comer e sem tirar os olhos da tela do computador. Foto: Divulgação.

Recentemente, ela foi filmada levando o alimento ao filho que já estava há mais de 48 horas sem comer. “Minha pobre criança… Aqui! Coma!”, disse ela no áudio do vídeo ao chegar perto do filho. “Você tem muito dinheiro. Pode demorar muito para voltar pra casa. Você precisa fazer xixi? Meu Deus, sinto tanta pena do meu filho”, lamentou a mãe.

Ao longo do vídeo, que dura três minutos, o garoto mal reconhece a presença da mãe. Sem olhar para ela, mantém os olhos na tela enquanto mastiga a comida que coloca em sua boca.

O vídeo reacendeu um debate sobre o vício em videogame e como os pais lidam com isso. Enquanto alguns usuários sentiam pena da mulher, a maioria a culpava por permitir o comportamento do filho, uma vez que não o levou para casa.



Depois que a filmagem se tornou viral, Lilybeth usou a internet para explicar que ela e o marido já haviam tentado uma abordagem mais dura e severa no começo, proibindo Carlito de sair para jogar. O garoto, no entanto, sempre encontrava maneiras de fugir, pulando a janela e saindo escondido. Agora, os pais então tentando fazer as coisas diferentes.

“Eu costumava apenas reclamar sobre seus jogos online. Mas isso não funcionou. Então, estou tentando uma abordagem diferente“, disse Lilybeth. “Eu tento fazê-lo sentir que o que quer que esteja acontecendo em sua vida, eu sou sua mãe que o ama e cuida dele”.

Os pais precisaram tirar Carlito da escola, uma vez que costumava faltar escondido e não frequentava as aulas, tudo isso para ficar jogando. Eles disseram estar tentando administrar o vício, mas admitiram ser muito difícil e até pediram ajuda online por não saberem o que fazer.

O que é o vício em videogames?

Durante a reunião da 11º Classificação Internacional de Doenças (CID), a condição “Distúrbio de Games” foi incluída oficialmente como uma doença mental. Segundo classificações médicas atuais, é um problema de vício tão grave que a pessoa prefere fazer qualquer outra coisa do que sair de perto do videogame, se afastamento ou perdendo interesse por coisas corriqueiras da vida – até mesmo se alimentar, como neste caso.

Em alguns países já existe até clínicas de internação, não somente para viciados em games, mas também para pessoas com distúrbios de vício e compulsão pela internet – necessitando de auxílio medicamentoso, terapia e acompanhando de um psiquiatra. Veja o vídeo abaixo: