domingo, 21 de junho de 2015

Dados obtidos com isótopos de carbono-13 indicam que erupção em Salt Range data a extinção Permo-Triássica.

Dados obtidos com isótopos de carbono-13 indicam que erupção em Salt Range data a extinção Permo-Triássica.



Um estudo divulgado recentemente através da revista científica Geology revela que a grande extinção do Permiano-Triássico, uma das mais violentas extinções em massa do planeta, ocorrida há cerca de 251 milhões de anos e que resultou na morte de aproximadamente 96% de todas as espécies marinhas e de 70% dos vertebrados terrestres, pode ter sido provocada pela erupção de um vulcão.

No artigo, pesquisadores da Noruega, Países Baixos, Suíça e Paquistão apresentam evidências em dados coletados por isótopos de carbono-13 através de cutículas de plantas, fragmentos de madeira fóssil e materiais orgânicos encontrados na região de Salt Range, no Paquistão. A datação no material histórico revela uma mudança nos isótopos de carbono no período Permiano-Triássico, o que indica um grande aumento de dióxido de carbono na atmosfera naquela época.
A mãe de todas as extinções

A pesquisa mostra que os dados coletados por isótopos de carbono-13 coincidem com a extinção biológica em massa e com a perturbação carbônica da atmosfera. A extinção Permo-Triássica foi considerada “a mãe de todas as extinções em massa” pelo paleontólogo Douglas H. Erwin, especialista da era Paleozoica e estudioso sobre as causas desse evento. A extinção provocou uma mudança drástica em todas as formas de vida.

O vulcão em Salt Range pode ter expelido lava e gás carbônico por milhões de anos, mudando completamente a configuração da vida na Terra. De acordo com Erwin, o ressurgimento da vida levou outros milhões de anos após essa extinção, e o processo evolutivo que seguiu é tão interessante quanto o cataclismo em si.

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